Assistência promove peça teatral sobre abuso e exploração para crianças do Oratório de Bebé

Assistência Social e Cidadania
18/05/2018 17h25

O dia 18 de maio é marcado pelo combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Por isso, nesta sexta-feira, 18, a Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju intensificou suas atividades de prevenção desse mal social. Uma das atividades foi o ‘Teatro Viver Legal Sem Abuso Sexual', promovido através do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) Viver Legal para crianças do ensino infantil do Oratório de Bebé.


Foi com a proposta de conscientizar as crianças do Oratório que Fafá e Lelê, bonecos fantoches, explicaram de uma maneira lúdica como ocorrem o abuso e à exploração sexual, o que fazer para se proteger e a quem recorrer caso isso aconteça. De acordo com a coordenadora do Creas Viver Legal, Fabrícia Carvalho, o objeto central da peça é  esclarecer e incentivar o enfrentamento da violência sexual. "Durante todo o ano realizamos trabalhos com a perspectiva do enfrentamento da violência sexual em nosso território. Então, decidimos sair do centro físico do Creas e conversar com essas crianças sobre questões que são muito importantes. Muitas crianças, que sofrem ou já sofreram, têm medo de denunciar porque se sentem culpadas ou são ameaçadas, então, nós queremos mostrar que isso não é verdade e que a única maneira de fazer com que isso não aconteça mais é denunciando a pessoa que está fazendo a ação", explica.


A parceria entre as unidades da Assistência com as organizações civis vem se fortalecendo cada vez mais e essa atividade é um exemplo disso. De acordo com a assistente social do Creas Viver Legal, Márcia Valéria Rodrigues, o Oratório de Bebé atende uma comunidade que tem grande incidência de abusos sexuais e isso é uma forma de combate. "É uma ação que procuramos estabelecer dentro do nosso território de alcance. Como o Oratório de Bebé está inserido nele, e trata-se de uma região que tem um número expressivo dos atos, buscamos envolver as crianças nessa luta", destaca.


A psicóloga do Creas, Tereza Raquel Lobão, observa o modelo de atividade psicoeducacional como um canal de informação que permite uma abordagem cuidadosa do assunto. "Aqui foram apresentadas, através do diálogo, as diferenças entre o carinho saudável e o toque que é considerado abuso. A ideia de utilizar conteúdo lúdico, acessível e educativo é justamente levar o conhecimento de maneira que não se torne algo pesado", observa.


Crianças Atentas

Aproximadamente 50 crianças, do instituto educacional, assistiram a peça.  Para a presidente do Oratório de Bebé, Marisa Inez Mozena, "a parceria entre as instituições não apenas fortalece os vínculos, mas promove ações que beneficiam, tanto as crianças que são atendidas, como também os seus pais", analisa a presidente.