Cerca de 180 professores da rede pública municipal de ensino estão participando do encontro de formação do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). Em Aracaju, a formação já teve dois encontros, nos dias 12 e 19 de maio. Outros dois já foram agendados: ocorrerão em 26 de maio e 16 de junho.
A iniciativa é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.
O diretor de Educação Básica do município, professor Manuel Alves do Prado Neto, avaliou os encontros. "O Pnaic, nos meus 20 anos de exercício docente, é o mais qualificado programa de formação para alfabetizadores já proposto pelas instâncias governamentais. Lamentavelmente, a rede municipal de Aracaju, por decisão da gestão passada, não participou da formação iniciada em 2013. E, agora, o Governo Federal está extinguindo esse programa. Mas, nós que fazemos a gestão pedagógica da rede, acreditamos nesse caminho. E como nós, dezenas de professores e gestores da Rede Municipal de Ensino. Por isso, os encontros estão sendo um sucesso", disse.
A professora mestra Débora Guimarães Cruz Santos, que atua também na rede pública estadual de ensino, palestrou em um dos encontros e garante que as ações do Pacto chegam em boa hora. "Nós estamos nessa caminhada do pacto há alguns anos. A rede municipal não estava conosco, mas temos certeza de que o reflexo que sentimos nas outras redes de ensino também será percebido na rede de ensino de Aracaju. Uma vez que o professor precisa ter a sua prática profissional aprimorada a partir dos ganhos teóricos que ele conquista, pois precisamos trabalhar conhecendo as coisas a fundo", avalia.
Novo olhar
No processo de reflexão e renovação de papéis pelo qual passa, atualmente, a educação infantil, o curso funciona como um marco importante. É o que explica a professora e formadora do Pnaic, Sandra Leite, que atua na Emef Oviêdo Teixeira. "De fato, o Pnaic está sendo uma grande experiência para mim, pois é um programa rico. Aprendi, dentro desse projeto, que devo estimular a criança desde a sua acolhida, para que ela sinta-se inserida e bem por estar na escola. Agora, irei replicar isto junto aos meus colegas, até porque todos nós temos as nossas dificuldades. E muitas vezes o que não percebemos, na escola, ao nos deparar, por exemplo, com o índice de reprovação, é a dificuldade do professor em lidar com aquele aluno, até por não ter consciência de que pode transformar aquela situação", opina a educadora.Trabalhando na rede municipal nos últimos 12 anos, a professora Rute Menezes Marques, avaliou a participação na atividade. "Eu atuo em uma sala de recursos, atendo todas as crianças da escola que têm deficiência. Esse curso tem me dado, justamente, em termos de formação continuada, os conteúdos para trabalhar com esse meu público. Jogos, planejamento, gêneros textuais, a forma de atuar, a elaboração de materiais diferentes, enfim, uma profusão de ferramentas com as quais poderei trabalhar em conjunto com a professora que está na sala de aula. E isso me empolga: será um trabalho coordenado, não isolado. Há uma complementaridade", comemora Rute.
