Para muitos pais, a participação na vida escolar do filho se torna um desafio em decorrência da correria do dia a dia. Percebendo a necessidade de abordar a questão, nesta quarta-feira, 23, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Irene Romão de Brito, do bairro Santa Maria, promoveu uma reunião de pais com palestra de um psicólogo discorrendo sobre o tema 'Comunicação não violenta e relação pais e filhos'.
A iniciativa da Emei ocorreu com a pretensão de despertar a reflexão sobre a importância da necessidade de aproximação e parceria entre família e escola para auxiliar a criança no desenvolvimento da aprendizagem. Cerca de 150 mães compareceram à reunião, participando de dinâmicas, debatendo sobre o tema com outras famílias e sanando dúvidas diversas. Ao final da palestra, algumas mães receberam consultoria particular do psicólogo.
A coordenadora pedagógica da Emei Irene Romão, Aline Cristiane Telles, explica que essa foi a primeira reunião do ano letivo e, com o sucesso da palestra, de agora em diante a escola irá oferecer palestras ou debates sobre temas específicos em suas reuniões de pais. Segundo ela, a escola quer aproximar ainda mais a família da escola e trabalhar de forma integrada a favor da criança.
Aline pontua que, como foi passado através da dinâmica que o psicólogo trabalhou, a educação e o desenvolvimento da criança em relação ao aprendizado têm que ser resultado de uma atuação conjunta entre escola, professor, pai e aluno.
"Como num quebra-cabeça, se tirarmos uma das peças, a educação não funciona. E a boa comunicação entre pais e filhos é ferramenta fundamental nessa participação. Na rotina daqui da escola, por exemplo, percebemos mães que tratam as crianças de forma muito grosseira, o que pode deixar marcar e traumas nelas, prejudicando o desenvolvimento do aluno", explana a coordenadora.
O palestrante foi o psicólogo Marcelo Barreto e, de acordo com ele, é importante que pais e mães saibam como agir da melhor maneira como líderes do filho, utilizando a linguagem correta para se comunicar com as crianças e se tornando melhores educadores.
"É preciso que os pais percebam que seu limite não é o limite dos filhos. Se a educação se baseia na violência física, a criança vai entender que o limite para seus atos é uma surra, por exemplo. É mais eficaz para a educação que haja atenção, paciência e estratégias para a existência de uma boa comunicação entre eles, os pais, e seus filhos. Um pai que trabalha o dia todo, deve separar um tempo para brincar ou conversar com o filho. Mostrar que apesar dos compromissos, o filho é importante", evidencia o psicólogo.
