Zona Norte: obra de saneamento fortalece políticas de saúde pública

Obras e Urbanização
09/07/2018 18h30

Historicamente, uma das faces mais evidentes das desigualdades sociais está concentrada em indicadores socioeconômicos, como falta de saneamento em áreas distantes dos centros das cidades, ausência de urbanização de pontos urbanos periféricos, fragilidade na malha viária, entre outros. Na contramão da realidade muitas capitais que sofrem recessão e desinvestimento, Aracaju está vivendo um novo momento de realização de obras estruturantes que avançam nas políticas públicas de saneamento e levam a grupos sociais até então invisíveis ao poder público cidadania e esperança de dias melhores.

Um exemplo da retomada dos investimentos na melhoria de vida dos aracajuanos é a obra de saneamento atualmente em andamento situada na região entre os bairros Japãozinho e Cidade Nova, zona Norte da cidade. A obra está orçada em cerca de R$ 1,5 milhão, conveniados com o Governo Federal, e inclui a construção de um canal na avenida A, pavimentação e sinalização horizontal e vertical.

Quem passa pelo local já sente a diferença. Máquinas e operários trabalham para implantar as células de concreto que servirão como base para o novo canal, inclusive com uma futura cobertura. A obra segue adiantada e vai cobrir uma área carente da cidade com saneamento, como informa o secretário municipal da Infraestrutura. "Esta obra representa, em última análise, um compromisso administrativo e o respeito à legislação e às recomendações de organismos internacionais para investir em políticas articuladas de infraestrutura e saúde. Para se ter uma ideia, para cada US$ 1,00 investido em saneamento pode-se economizar outros US$ 4,00 em sistema de saúde, e 65% das internações hospitalares poderiam ser evitadas", revela o secretário.

Ainda segundo Ferrari, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que grande parte das doenças presentes em países em desenvolvimento são provenientes da falta de saneamento. "Temos nos esforçado para estabelecer metas presentes na federal conhecida como Lei do Saneamento (Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007); no Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001); e no Plano Municipal de Saneamento Básico, recentemente sancionada pelo prefeito Edvaldo Nogueira. Queremos, de fato, a partir desta legislação, e articuladas com o Planejamento Estratégico, transformar Aracaju numa cidade inteligente, humana, criativa, inclusiva e socialmente referenciada", conclui Ferrari.