Alunos aprendem sobre prevenção ao Aedes aegypti

Nas escolas da rede municipal de Aracaju, desde bem pequenos, os alunos já começam a aprender sobre responsabilidade ambiental. Nesta quarta-feira, 18, as crianças de três a cinco anos da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Maria Givalda da Silva Santos, no bairro Soledade, receberam a visita de agentes de endemias da unidade de saúde da comunidade. O objetivo da atividade foi explicar as formas de prevenir o aparecimento do Aedes aegypti e ainda foi organizada uma caça ao mosquito nas dependências da escola.

A ação faz parte do projeto 'Amiguinhos da higiene e do meio ambiente', que é desenvolvido na Emei desde o início do ano. O objetivo é conscientizar pais e alunos de forma lúdica e educativa sobre a importância de se adotar hábitos de higiene corporal e ambiental para promoção da saúde, tanto em casa, como na escola. Todos os alunos da Emei participam das ações e os tipos de atividade são desenvolvidas de acordo com as idades. Segundo a coordenadora pedagógica da unidade, professora Clariane Maria Ramos, o projeto vem sendo planejado desde o início do ano.

“Como o mês de julho é propício para o surgimento de focos do mosquito, incluímos essa atividade agora. Convidamos os agentes de endemias da unidade de saúde Carlos Hardman, aqui da Soledade, que também são colaboradores desse projeto. As professoras já vem trabalhando os aspectos do mosquito e os seus ciclos e hoje vamos colocar em prática o que eles já aprenderam em sala de aula. A turminha da creche também participa através dos trabalhinhos de arte e das brincadeiras voltadas a este tema, mesmo eles sendo ainda muito pequenos, isso não impede que a gente trabalhe este tema tão importante”, afirma.

Durante esta semana, já foram exibidos vídeos educativos, confecção de cartazes e aulas expositivas sobre o tema. Para encerrar as atividades, nos próximos dias ainda será feita panfletagem no ponto de ônibus em frente à escola e também haverá apresentação teatral, montada e encenada pela própria equipe da unidade. O supervisor dos agentes de endemias da área, Ronisson Mendonça, explica que nas escolas, a abordagem é diferenciada.

“Nas escolas o trabalho é mais dinâmico, onde realizamos palestras e mostramos na prática como é o nosso trabalho no dia a dia. Montamos um cenário para que as crianças possam fazer o que a gente faz quando visitamos os domicílios, que é verificar se existem focos dos mosquitos e alertar os moradores sobre a prevenção. Como o trabalho preventivo é a logo prazo, começamos com as crianças entre três e cinco anos para que elas possam crescer adultos conscientes”, reforça. Os profissionais levaram mostras das larvas do Aedes aegypti para mostrar para os alunos.

O projeto

Idealizado no início do ano, o 'Amiguinhos da higiene e do meio ambiente' sempre tratou da higiene pessoas das crianças e, este mês, está focando na questão ambiental. “Reforçamos a importância da higiene pessoal, então buscamos realizar estas atividades e é impressionante como conseguimos, de fato, atingir a todos eles e também aos pais. Agora, estamos trabalhando a questão ambiental, como a reciclagem, que faz parte da realidade deles, pois muitos pais de alunos trabalham com catação e reciclagem de lixo. E também não poderíamos deixar de falar sobre as doenças causadas pelo Aedes aegypti, mesmo, ultimamente, as pessoas não falando tanto, não podemos deixar que a proliferação do mosquito continue”, explica a diretora da Emei, Maria da Conceição Teles.

Gabriel Souza, de cinco anos, conta ensinou em casa, para os pais, tudo que tem aprendido na escola. “Aprendi com a tia Elaine que não pode jogar lixo nos rios porque os peixes morrem e também se deixar água parada em casa o mosquito coloca os ovos lá e depois vira um bichinho que pode deixar a gente doente”.