Prefeitura promove nova atualização para agentes de endemias

Saúde
25/05/2023 16h00

Nesta quinta-feira, 25, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), promoveu mais uma atualização sobre o Aedes aegypti para os agentes de endemias da 3ª região da capital. A iniciativa, realizada em parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), também abordou o tema saúde mental e as relações sociais no trabalho.

“Esta atualização é importante porque as principais doenças transmitidas pelo mosquito apresentam sintomas semelhantes. A dengue, chikungunya e zika, apesar de distintas, podem apresentar alguns sintomas semelhantes, pelo menos no primeiro momento, por isso é importante estar ciente sobre as particularidades de cada uma delas”, explica o gerente do Programa de Combate ao Aedes aegypti, Jeferson Santana.

De acordo com a infectologista da SMS, Fabrízia Tavares, essa atualização serve para despertar o olhar clínico dos agentes de endemias. “Este olhar clínico não é de diagnóstico, porque isso é atribuição de médico, mas um despertar na distinção das doenças, se o paciente pode agravar, ou ainda se precisa de uma intervenção oportuna. Isso tudo ajuda muito no diagnóstico precoce e no tratamento correto, diminuindo os casos de letalidade e as mortes”, explica.   

Relações sociais no trabalho
A atualização foi concluída com palestra do assistente social do Cerest Conceição Balbino. “A nossa função como Cerest é da prevenção, promoção e cuidados do nosso ambiente e saúde mental. Reforçamos as relações interpessoais no trabalho, pois precisamos ter em mente a contribuição de cada um, nos ambientes corporativos. As pessoas precisam se expressar e buscar ajuda diante de suas dores, alertando para que no final da jornada diária de trabalho possamos voltar para casa sem adoecermos”, conta.

Para o supervisor Glaubert Carvalho, essa atualização é de grande importância para os agentes e para o combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “É de extrema necessidade estar sempre nos atualizando. Com isso, fortalecemos nossas ações contra o mosquito e melhoramos a qualidade de vida da população”, destaca.

Distinção das doenças
A dengue apresenta, na maioria das vezes, febre variável, mas geralmente alta e resistente a antitérmicos, dor nas articulações e musculares, náuseas, vômito, dor de cabeça, além de uma dor localizada atrás dos globos oculares e podem ocorrer fenômenos hemorrágicos.  O que aumenta a chance de ter quadros graves é quem já teve dengue com um sorotipo e agora se infectou com outro sorotipo.

“No caso do zika vírus, apesar de apresentar sintomas semelhantes aos da dengue, geralmente não apresenta febre, mas manchas pontilhadas pelo corpo (exantema) associadas à coceira, olhos vermelhos sem secreção, dor no corpo não intensa e inchaço em extremidades. Apenas o zika vírus manifesta conjuntivite e maior possibilidade de acometimento neurológico, principalmente no feto de gestantes infectadas”, distingue a infectologista.

Já a chikungunya, por sua vez, pode apresentar dores articulares insuportáveis. Os primeiros sintomas chegam por volta de três a sete dias depois da picada do mosquito e também provocam náuseas e dor de cabeça, inchaço e vermelhidão nas articulações, principalmente nas extremidades.

“Os efeitos da chikungunya duram meses, podendo se transformar em dores crônicas nas articulações. As sequelas estão mais relacionadas aos quadros crônicos da chikungunya, ocasionando deformidades, principalmente em adultos, e dificultando a condição desses quadros de dor articular, fazendo com que o paciente não consiga executar suas atividades diárias”, reforça.