Prefeitura intensifica ação de combate ao Aedes aegypti no bairro Porto Dantas

Saúde
05/06/2023 17h00

Com o objetivo de visitar seis mil residências e melhorar a classificação de infestação por Aedes aegypti no bairro Porto Dantas, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), iniciou nesta segunda-feira, 5, uma ação preventiva contra o mosquito, a qual seguirá até a próxima sexta-feira, dia 9, com um trabalho de conscientização, de porta em porta, eliminação do criadouro, aplicação de borrifação perifocal e também do fumacê costal.

Em Aracaju, este ano, foram confirmados no bairro Porto Dantas sete casos de dengue, três de chikungunya e nenhum de zika vírus. No último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), foram classificados como alto risco de surto ou epidemia os bairros Lamarão, Suissa, Luzia e o Porto Dantas, que apresentaram índice de infestação de 4,2.

“Intensificamos as ações nestes bairros e continuamos alertando para a participação da população no combate ao mosquito, somando-se às ações realizadas por nossos agentes de endemias e evitando assim os focos que na maioria das vezes são encontrados nas residências, principalmente nos quintais. Um alerta importante é que, com esse clima de chuva e abertura do Sol logo em seguida, certamente é possível encontrar reservatórios incorretos que acumularam água. Todos devem conferir esses locais, antes que se tornem um criadouro. Precisamos da ajuda da população, pois o combate ao Aedes é um trabalho de todos”, explica o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes, Jeferson Santana.

Ações contra o mosquito
Mesmo com a realização, neste ano, de cinco mutirões no Porto Dantas e da aplicação do fumacê costal, foi observado que o índice de infestação no bairro ainda requer cuidados específicos.

“Aliado a isso, notamos também o crescimento do número de pessoas com sintomas de zika, dengue e chikungunya. Por isso, estamos intensificando as ações, com palestras nas escolas, alertando as crianças e toda a comunidade escolar. Além disso, estamos realizando também a borrifação perifocal que colocamos nas paredes das residências com maiores focos, para eliminar os mosquitos. Esse produto fica instalado por até seis meses e qualquer mosquito que encostar nessas paredes morre”, enfatiza o gerente.
 
Estas ações foram pensadas e alinhadas para o bairro Porto Dantas, que tem como principais criadouros do mosquito lavanderias, tonéis, caixas d’água, ralos e plantas. O criadouro mais importante continua sendo os depósitos de armazenamento de água ao nível do solo, como as lavanderias e tonéis.

Todos contra o mosquito
A moradora Graça dos Santos recebeu os agentes na vistoria. “Assim que ouvi o chamado, já estava pronta para receber os agentes fiquei e atenta às explicações. A gente precisa olhar por nós e pelos outros”, relata.

O morador José Wesley Santos também recepcionou a equipe de combate a endemias e aprovou a ação. “Acho muito importante esse trabalho dos agentes, para orientar, e sempre confiro se está tudo certo aqui em casa. Não gosto de deixar nenhum reservatório, já para não correr esse risco com o mosquito”, afirma.

Sintomas e locais de testagem
Os sintomas entre as três doenças apresentam algumas diferenças. A dengue provoca febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, náuseas, vômito e coceira no corpo. Já a chikungunya tem sintomas parecidos com os da dengue, com dores mais intensas nas articulações. A zika apresenta manchas vermelhas no corpo, coceira, febre baixa e dor de cabeça.

“As equipes de campo que estão fazendo as visitas, ao perceberem alguém na casa com algum sintoma, orientam o morador a procurar a Unidade Básica de Saúde [UBS] mais próxima da residência. As UBSs estão aptas a colher o sangue e realizar o exame sorológico. É realizado o teste sanguíneo que é capaz de detectar a doença do vírus nos primeiros sete dias de infecção. Coletado o exame, as Unidades enviam o material para o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe, que atua como agente notificador dos agravos em saúde pública”, orienta.