Para boa parte das pessoas, ter o seu próprio negócio é uma meta de vida que ela já nasce carregando, seja por influência familiar ou por dom natural, outros desenvolvem esse desejo ao longo do tempo, seja por necessidade ou descoberta pessoal. Mas seja qual for o motivo que despertou no cidadão esse anseio, a missão da Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), é oferecer a eles condições de tirar do papel os seus objetivos e fortalecer o empreendedorismo na capital.
O ano de 2023 foi marcado pelo crescimento do empreendedorismo em Aracaju. De janeiro a dezembro, mais de 120 cidadãos formalizaram os seus negócios, através da Fundat, realizando a abertura do seu cadastro como Microempreendedor Individual (MEI) nos mais variados segmentos, em especial para a prestação de serviços que foi o responsável pela formalização de 78 novos empreendimentos, já o setor de vendas formalizou 39 novos. Fechando o combo, 6 empreendedores optaram por negócios que mesclam ambos os formatos.
Exemplos de sucesso
Para o diretor de empreendedorismo da Fundat, Arnaldo Almeida, os bons resultados mostram o fruto do trabalho realizado ao longo do ano. “Nos cursos de formação que a Fundat oferece, sempre inserimos a oficina de preparação para o mercado de trabalho, para oportunizar aos participantes a chance de concorrer às vagas de emprego e também despertar neles o desejo de empreender, pois sabemos sobre esse potencial. Além disso, após formalizar, ofertamos orientação, encaminhamentos e assessoria, inclusive realizando de forma gratuita a prestação de contas anual de todos eles. O resultado desses esforços estão sendo colhidos agora, vendo como vários deles estão se desenvolvendo com sucesso”, pontua.
Um excelente exemplo de sucesso empresarial é o vivido pelo proprietário da “Casa de rações 2 irmãos”, Jadson Bispo dos Santos, que há menos de três meses realizou a formalização do seu MEI e já viu o seu negócio alavancar, graças aos benefícios concedidos. “Comecei a trabalhar com esse serviço em setembro e em outubro já busquei, através da minha esposa, formalizar o MEI, pois com ele fica tudo legalizado, certinho e abre mais oportunidades, como a carta de crédito que conseguimos liberar e já investimos aqui na loja”, comemora.
Jadson lembra o começo do seu negócio e garante que ter formalizado a sua empresa logo no início fez total diferença. “Com o MEI, a taxa é baixa e a oportunidade de conseguir crédito com a formalização foi algo que me chamou muito a atenção, porque a gente precisa de recursos para fazer o nosso negócio crescer nesse início, porque você não mexe no seu capital e se organiza melhor. A Fundat ajudou muito, pois desde que procurei o serviço sempre tive orientações e apoio. Em setembro quase não tinha produtos, era bem pequeninho e em três meses eu consegui a carta de crédito, investi e tenho certeza que em 2024 vamos prosperar ainda mais”, acredita Jadson.
Já para Adriana Santana, de 40 anos, o sonho de empreender começou há mais de 20 anos, mas só agora, após a formalização, ele está finalmente tomando forma. “Esse desejo cresceu em mim, porque eu chegava em lojas e não via um bom atendimento, então quis fazer pelos outros, aquilo que gostaria de receber em atendimento. Comecei vendendo paçoca no sinal, pois trabalhava numa empresa e só ganhava se vendesse, mas sempre gostei de ter o meu, por isso fui pro semáforo, vender as paçocas, balas e jujubas. Não foi fácil, mas em meu coração eu sabia que poderia mais. Uma amiga me aconselhou a procurar a Fundat e assim eu fiz. Fui muito bem atendida e de lá para cá muita coisa mudou pra melhor”, lembra.
E após a formalização, feita há quase um ano, ela já conseguiu sair da venda nos semáforos para montar a sua própria loja de roupas. “Eu me formalizei, buscando principalmente os benefícios que o MEI oferece, como possibilidade de afastamento remunerado por doença, pois eu tenho três filhos e preciso pensar neles. A gente que está começando precisa ter amparo, não adianta lutar sozinho. A Fundat me ajudou em tudo, desde a abertura do CNPJ até a conquista da minha loja, com o crédito. Mas não foi um caminho fácil, as provações são muitas, mas precisamos ter o foco no nosso objetivo. Hoje estou reformando meu espaço e tenho certeza que serei muito feliz aqui”, acredita Adriana.
Para Nélio de Figueiredo Aquino, proprietário do depósito de bebidas Malvadeza, que formalizou seu empreendimento em fevereiro deste ano, o sonho de ter o próprio negócio começou a se formar em sua mente, após a sua demissão. “Eu trabalhava numa rede de supermercados e quando fui demitido eu já criei essa ideia de ter o meu próprio negócio. Conversei com uma pessoa que trabalha na Fundat e ela me aconselhou a não fazer de qualquer jeito, que eu me formalizasse. Recebi todas as orientações e isso fez toda diferença. Investi minha rescisão, mas tenho trabalhado muito mais tranquilo sabendo que tenho a possibilidade de conseguir vários tipos de suporte financeiro, porque se eu precisar eu tenho essa segurança”, destaca.
Fechando seu primeiro ano de trabalho, Nélio já se prepara para efetuar a sua primeira declaração. “O ano que vem já vou buscar a Fundat para fazer esse processo, pois além de ser algo totalmente gratuito a fundação é uma instituição confiável. Vivemos com bastante medo de golpes e a Fundat tem essa credibilidade. Espero crescer ainda mais em 2024 e expandir as minhas vendas, para além das bebidas, quem sabe até ampliando para uma mercearia”, vislumbra.
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