Aracaju assegura tratamento para usuários de álcool e outras drogas na rede municipal

Saúde
02/02/2024 11h50

Para garantir o atendimento aos usuários de álcool e outras drogas, a Prefeitura de Aracaju assegura a execução de política pública, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através da Rede de Atenção Psicossocial (Reaps), com equipamentos que oferecem tratamento a essas pessoas, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) AD Primavera e o Infanto-juvenil Vida, a Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) e o Projeto de Redução de Danos (PRD).

“O acesso ao Caps é porta aberta e, assim que o usuário chega ao Centro, é feito uma avaliação pela equipe multiprofissional. Esta avaliação também pode ser solicitada através de pedido da família do usuário, que relata a história, e a equipe, percebendo que é um caso de uso abusivo, viabiliza uma avaliação domiciliar. Se o usuário não for tutelado, ele só poderá ser inserido ao serviço por desejo próprio”, detalha a coordenadora da Reaps, Marinês Mendonça.

De acordo com ela, na capital, o Caps AD Primavera atende adultos, enquanto o Infanto-juvenil Vida atende crianças, adolescentes e jovens de até 29 anos. Ambos são do tipo III, ou seja, funcionam 24 horas e têm leitos para acolhimento noturno que visam intensificar o Projeto Terapêutico Singular (PTS) de cada usuário dos Caps, sempre que necessário. Os dois são para tratamento de álcool e outras drogas.

“De segunda a sexta, o usuário que busca o serviço no Caps conta com o atendimento de uma equipe multiprofissional composta por assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo, enfermeiro, entre outros, que realizará escuta qualificada para identificação de suas demandas, inserção no serviço e outros encaminhamentos. Os Caps que ofertam cuidados aos usuários de álcool e outras drogas são o AD III Primavera – rua Guarapari, s/n, Bairro Atalaia. Telefone: (79) 3179-4620 e AD III Vida – rua Haiti, 665, bairro Suissa. Telefone: (79) 3179-3770”, orienta Marinês.

Projeto Terapêutico Singular
Depois que o usuário é vinculado a um técnico de referência, é construído o seu Projeto Terapêutico Singular (PTS), que consiste no alinhamento das suas demandas de saúde com as atividades terapêuticas ofertadas pelo Caps. “No âmbito desse trabalho, são realizados atendimentos individuais com os profissionais e desenvolvidas oficinas de educação e cidadania, saúde, gestão autônoma de medicamentos, atividades manuais, oficina de redução de danos, Cine Caps, atividades externas, rodas de conversa, além de grupo de família e das assembleias de usuários, espaço de fomento e potencialização do protagonismo dos usuários”, ressalta a coordenadora.

UAA e PRD
A Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) é um dispositivo de acolhimento para pessoas em situação de vulnerabilidade social vinculados aos Caps AD com o objetivo de cumprir o PTS que foi traçado no Centro e passar para os projetos de vida atuais, que envolvem a redução de danos frente ao uso de drogas.

“Já o Programa Redução de Danos (PRD) trabalha para diminuir o impacto dos danos causados pelo uso abusivo de álcool e outras drogas dos usuários, prioritariamente no território com pessoas em situação de rua e que não acessam a Unidade. Os redutores fazem visitas domiciliares e promovem ações educativas nas escolas, ações no território e nas cenas de uso. O trabalho é vinculado aos Caps e, em paralelo, com os Programas Consultório na Rua, IST/Aids e Hepatites Virais e demais serviços da rede de acordo com as especificidades de cada demanda”, complementa a coordenadora.