O monitoramento das condições meteorológicas é realizado de forma contínua pelas equipes da Prefeitura de Aracaju, visando o planejamento de ações preventivas para a redução de impactos durante a quadra chuvosa. Por meio da Defesa Civil de Aracaju, órgão que integra a Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), são adotas medidas estratégicas, considerando os dados de acumulado de chuva, somados às estatísticas de ocorrências e monitoramento de áreas de risco.
De acordo com o balanço referente ao mês de março, foi constatada a redução do acumulado de chuva, em relação ao ano anterior. Nesse período, o volume computado pelos pluviômetros da capital em 2024 foi de 105mm, enquanto no ano de 2023 chegou a 310mm. Foi observado, inclusive, que neste ano o volume foi inferior à média histórica, que é de 118mm para o mês de março.
O secretário municipal da Defesa Social e da Cidadania, tenente-coronel Silvio Prado, ressalta que vêm sendo observadas chuvas com características de fortes pancadas em curto espaço de tempo. "Estamos em fase de transição do evento climático El Ninõ para o La Ninã, o que ocasiona complexas alterações na atmosfera e consequentemente nas condições meteorológicas que vivenciamos. Neste ano, já pudemos observar essa mudança expressiva durante o mês de março e seguimos monitorando constantemente a característica das chuvas para adotar medidas de prevenção e preparação que favoreçam a resiliência da nossa capital", salientou.
Com base nesses dados e no mapeamento das áreas de risco da capital, a Prefeitura de Aracaju, através do seu Comitê de Gerenciamento de Crise, adota medidas que reforçam a preparação para a quadra chuvosa. As ações de mitigação de pontos de alagamento integram a estratégia que visa reduzir impactos das pancadas de chuvas que incidem em curto espaço de tempo.
"Com base no mapeamento realizado pela Defesa Civil de Aracaju, atuamos em conjunto com equipes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), nos diversos bairros da capital, para otimizar a limpeza do sistema de drenagem urbana e, dessa forma, proporcionar maior fluidez ao escoamento das águas pluviais. Além disso, mantemos equipes preparadas para atender as demandas no menor tempo de resposta possível", salientou o secretário Silvio Prado.
Balanço de março
A Defesa Civil de Aracaju atendeu, ao longo do mês de março, o total de 72 ocorrência, das quais 45 foram demandas pela população através do serviço emergencial 199. Nesse período foram emitidos dois alertas através do Serviço SMS 40199, sendo um para chuvas intensas e outro para maré alta.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo, a maior parte das ocorrências estiveram relacionadas a avaliação de risco estrutural. "Do total de vistoriais realizadas, 61,11% foram referentes à riscos estruturais. Procedemos quatro interdições, realizamos nove notificações e emitimos 14 Relatórios de Vistoriais Técnicas, além de outros procedimentos para redução de riscos. Também realizamos oito vistorias de estruturas montáveis para eventos", pontuou.
O órgão realizou ainda 87 ações de monitoramento, sendo 22 deles para inspeção de áreas vulneráveis à inundação, principalmente ocasionada pela maré de 2,3m, e outros 65 monitoramentos em áreas com risco de deslizamento de terra.
"Nesse mês de março recebemos em Aracaju equipe do Serviço Geológico do Brasil, com quem realizamos monitoramento das principais áreas de risco da cidade para atualização de dados no cadastro nacional. Além da reclassificação de algumas áreas, houve a análise da evolução ou mitigação dos riscos mapeados", frisou Robson.
