Aracaju: R$ 600 milhões já foram injetados na economia com o pagamento regular da folha

Fazenda
09/08/2017 09h00

"Saber que posso pagar minhas contas em dia e colocar meus planos financeiros em prática me deixa bastante aliviada". A afirmação é da servidora pública Rita Valença, lotada na Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), mas pode traduzir o sentimento comum entre os funcionários da Prefeitura da capital. Desde o início de 2017, depois de meses de incerteza, eles vêm recebendo os salários dentro do mês trabalhado, exatamente como garantiu o prefeito Edvaldo Nogueira logo no início da gestão.

"Assim eu consigo não só pagar o que devo, mas, também, adquirir novos bens ou investir em viagens, que são coisas que eu vinha me privando justamente por não ter a certeza do salário na conta", revela Rita. Com o pagamento da folha feito regularmente - isso inclui os sete meses do ano corrente, além do 13º e do salário do mês de dezembro de 2016, deixados em aberto pela gestão anterior  -, a administração municipal já injetou cerca de R$ 600 milhões na economia, neste primeiro semestre, aquecendo o comércio e contribuindo, significativamente, para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) da capital sergipana.

Somente com a folha bruta de julho, foram cerca de R$ 75 milhões repassados para a quitação dos vencimentos. "Essa regularidade fiscal do ente público é extremamente relevante para a segurança financeira do trabalhador. Eles pagam suas dívidas, adquirem novos bens de consumo ou serviço e fazem a economia girar, o que é muito importante para a comércio local, especialmente em tempos de crise e instabilidade", analisa o secretário da Fazenda de Aracaju, Jeferson Passos.

De acordo com o gestor, a Prefeitura tem tido uma parcela significativa de contribuição para a geração de riquezas e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da capital. "E, o mais importante, isso tem sido feito com responsabilidade. Pagamos os salários em dias e regularizamos dívidas deixadas pela gestão passada, como as duas folhas e diversos contratos com fornecedores, e não geram novos gastos que não cabem no orçamento do município. Isso contribui para o crescimento e incremento da atividade econômica na cidade", explica.

A comerciante Kátia de Oliveira, que trabalha com venda de roupa e acessórios femininos, sentiu bem a mudança no cenário. "Tenho muitas clientes que deixaram de comprar porque tinham receio de atrasar o pagamento. Também tive muito prejuízo, porque as pessoas acabam tendo que priorizar as contas. Neste primeiro semestre, apesar da crise, consegui manter meu comércio e ter um resultado positivo nas vendas", comemora.

Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe, Marco Pinheiro, a partir do momento que o funcionalismo público paga em dia, o comércio e a economia, em geral, gira melhor. "A ausência de pagamento regular do poder público pode afetar o comércio em todos os seguimentos, a exemplo dos postos de gasolina, lojas de eletrodoméstico, supermercado. É uma cadeia que depende de todos os envolvidos para o pleno funcionamento", opina.