Vigilância Epidemiológica conquista melhores índices de saúde preventiva durante primeiro ano de gestão

Saúde
09/01/2018 18h10

Em 2017, a Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Covepi), da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), obteve vários resultados muito positivos durante a execução das ações de saúde preventiva, sobretudo no reconhecimento, notificação e investigação das doenças transmissíveis de notificação compulsória (imediata).

Um exemplo de ação bem sucedida deste setor da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) foi a campanha de vacinação antirrábica, realizada pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Em 2017, foram vacinados 41.061 cães e gatos, índice 154,84% maior que em 2016, onde apenas 16.112 animais foram imunizados. O número de atendimentos veterinários no CCZ também foi maior. Foram 573 em 2016, contra 1.103 (até o mês de novembro) em 2017, um acréscimo de 92,49%.

Quanto aos casos confirmados de arboviroses (dengue, zika e chikungunya) foram 1.815 em 2016. Já no ano primeiro ano da atual gestão, foram apenas 204 confirmações; uma queda de 88,7%. “Com as intensificações das ações da Vigilância, conseguimos conquistar resultados muito melhores em 2017. Além dessas, outra área de destaque da Covepi foi a cobertura do nosso Programa Municipal de IST/Aids, Hepatites Virais e Sífilis”, destacou a diretora da DVS, Taise Cavalcante.

Segundo a ela, o Programa realizou 61 ações, distribuiu 1.809.326 preservativos masculinos e 58.359 camisinhas femininas, bem como 268.700 unidades de gel lubrificantes. Além disso, a equipe realizou 15.069 testes rápidos com a unidade do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Itinerante.

Fluxo de trabalho

De acordo com a coordenadora da Covepi, Tânia Maria Santos, a Vigilância Epidemiológica trabalha, principalmente, com as notificações. “Para a saúde pública, notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde. A partir disso, poderão ser tomadas medidas de promoção, proteção e controle. Os casos suspeitos notificados são sempre acompanhados pela Vigilância Epidemiológica para apoio na investigação e confirmação, ou mesmo no descarte dos casos”, explicou.

Mas para que esse trabalho seja realizado, Tânia diz que conta com o apoio de uma equipe multiprofissional composta por médico infectologista; enfermeiros especialistas, assistente social, fisioterapeuta, psicólogo e educador físico. “Através dessa equipe, a Covepi busca a integração efetiva com as redes assistenciais, visando a mudança e melhoria dos indicadores de saúde”, enfatizou.

Outras ações

Entre as outras ações de 2017, também foram realizados a 1º Conferência de Vigilância em Saúde de Aracaju; o lançamento do 2º Boletim de Vigilância em Saúde do Projeto Vida no Trânsito; a campanha de vacinação da influenza e da multivacinação; o processo seletivo para o VIVA Inquérito; a pesquisa POP Brasil sobre a prevalência do HPV em jovens, com destaque para Aracaju, que ficou em 1º lugar no Brasil no número de coleta de material; a produção de 11 trabalhos científicos (sendo quatro aprovados e apresentados em seminários e mostras nacionais); a elaboração de Projeto de Sentinela para Influenza (que resgatou o recurso federal cortado na gestão passada); a intensificação de vacinação de febre amarela e HPV; a elaboração da legislação específica para funcionamento dos Comitês de Transmissão Vertical por HIV, sífilis e hepatite B, e de óbitos por aids (em processo de publicação em Portaria); e o início da investigação dos óbitos com códigos Garbage (sem especificação clara nos atestados de óbitos), que hoje equivalem a 30% das mortes ocorridas.

Estrutura administrativa

A Covepi é responsável pelas seguintes áreas técnicas: Agravos Imunopreveníveis; Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya); Programa Municipal de Controle da Hanseníase; Programa Municipal de Controle da Tuberculose; Área de surto, MDDA e Meningites; Zoonoses (leishmaniose Visceral, leptospirose, esquistossomose, animais peçonhentos); IST/Aids, Hepatites Virais e Sífilis ; Centro de Controle de Zoonoses (CCZ);  Núcleo de Prevenção às Violências (Nupeva), e Projeto Vida no Trânsito. Além do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH), e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde e Unidade de Resposta Rápida (CIEVS/URR).