Mostra Cultural envolve comunidade escolar na Emef Oscar Nascimento

Educação
12/01/2018 15h10

Quem percorresse o interior da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Oscar Nascimento, localizada no bairro Santo Antônio, nessa sexta-feira, 12, durante a  realização da Mostra Cultural Encantos de Sergipe, notaria que uma proposta pedagógica elaborada com afinco, unida a uma comunidade escolar bem integrada, produz resultados significantes para a educação. Durante duas semanas, gestão escolar, professores, alunos e pais estiveram empenhados no projeto que consiste em apresentações dos alunos sobre seis municípios sergipanos: Aracaju, Estância, Laranjeiras, Itabaiana, São Cristóvão e Itaporanga.  
 
Os estudantes trabalharam com esses municípios porque, como conta a coordenadora pedagógica da Emef, Adla Poderoso, há muita gente que nasceu ou vive em Sergipe, mas ainda não conhece as belezas do estado. "Foram duas semanas de atividades, pesquisando, passando vídeos, elaborando cartazes, maquetes. Uma turma, por exemplo, elaborou um barco de fogo, outra fez maquete da praia do Abaís e trouxe produtos  que são marca do município. Está sendo apresentada a cultura e os pontos turísticos, é um projeto que está rico em aprendizado",  revela. 

Equipe motivada 
 
Em cada apresentação dos alunos contando histórias, representando e demonstrando características das cidades, o domínio sobre as informações e o envolvimento com o projeto estavam presentes. A diretora da Oscar Nascimento, Adileide Elias, atribui esse engajamento com a Mostra à relação de confiança estabelecida entre professor e aluno o que, segundo ela, motiva toda a equipe escolar.  
 
"Ver a movimentação das crianças e professores, pesquisando e sendo incentivados, é uma maravilha porque eles se empolgam e a gente vibra ainda mais com o trabalho em equipe. Somos unidos e esse é um dos resultados dessa harmonia, a força de vontade em fazer o melhor. Elaboramos projetos de forma muito profissional, mas com muita emoção e muito sentimento, o que faz as coisas acontecerem de forma mais leve e espontânea, fazendo com que o aluno se sinta mais à vontade na escola", explana a diretora da Emef.  
 
O aluno do 1° ano,  Adeilton Reis,  de 6 anos,  fala com firmeza e satisfação sobre o trabalho que ele e sua turma desenvolveram acerca do município de Itabaiana. "Gostei muito, por isso foi fácil fazer. Descobri que essa é uma cidade muito bonita e tem muitos pontos turísticos como o Poço das Moças, o Parque dos Falcões e até a feira da cidade. Minha turma construiu um cartaz com fotos de vários lugares legais. O que espero depois de realizar esse trabalho é que as pessoas deixem as cidades em que moram mais limpas, mais seguras e as pessoas sejam mais felizes", conta.  
 
Todos ensinam e aprendem 
 
Para a  estudante Maísa Kananda Alves, 8 anos, o estudo sobre a cidade de Itaporanga, escolhida e trabalhada pela sua turma, do 3º ano,  despertou  nela mais curiosidade sobre essa e várias outras cidades de Sergipe. Ela revela, ainda, a vontade de ser professora quando crescer para poder ensinar por meio de projetos como este. "Quero ser professora porque acho muito legal aprender e também passar muito conhecimento para as crianças. Eu  me inspiro muito em minha professora Irene porque ela incentiva, conversa conosco. Quando estamos sem querer fazer o dever, ela diz que acha bom a fazermos para quando crescermos fazermos coisas boas na vida e nos lembrarmos dela", expressa a aluna.  
 
A professora Irene comenta que ensina e aprende ao mesmo tempo. Morando somente a três anos em Sergipe, na cidade de Itaporanga, ela relata que não conhecia bem onde reside.  "O projeto  serviu ,também, para que eu conhecesse melhor meu município. Eu não somente trouxe as informações para os alunos, como também aprendi com eles descobrindo que há muita riqueza cultural naquela cidade interiorana", comenta.  

Ela evidencia, também, a importância da Mostra Cultural na formação da educação e do reconhecimento do papel de cidadão de seus alunos.  "Esse aprendizado será muito importante no futuro porque quando você valoriza sua cultura não permite que ela morra", conclui.