Projeto do sábado letivo, na Thétis Nunes, trata de autoconhecimento

Educação
28/07/2018 20h21

Foram dois encontros realizados: um hoje, dia 28, e o primeiro no dia 14 de julho. Em ambos, dezenas de alunos, do 5º ao 9º, que estudam na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Thétis Nunes, no Bairro América, conversaram com especialistas – psicólogas e nutricionistas - sobre autoestima, Inteligência emocional, sexualidade, uso de drogas e outros temáticas relacionadas à juventude.  Intitulado “Todos por todos”, o projeto, segundo o seu idealizador, o professor Rogério Tenório de Azevedo, tem como objetivo levar para a escola o debate sobre temas que estão para além do currículo, mas que afetam o aprendizado e a vida de todos que fazem parte da comunidade escolar. 

“O nome do projeto é ‘Todos por todos’ para passar a mensagem de que todos nós – professores, diretores, funcionários da escola e profissionais de outras áreas - estamos antenados e preocupados com as emoções e condições sociais dos alunos. É uma parceria que visa trabalhar as questões socioemocionais, para que elas tenham um impacto positivo no desempenho acadêmico dos nossos estudantes, na nossa escola e também na vida deles. E com certeza isso também terá impacto na qualidade do ensino e em como nós, professores, nos relacionamos com a aprendizagem, com uma concepção de educação integral. Esperamos que essa seja uma experiência que mude a atuação da escola”, explicou Tenório.

O diretor da escola, professor Isaú Vinícius, destacou que ao abraçar a proposta para a escola, a equipe compreende que preparar os alunos de forma integral é muito mais do que transmitir conteúdos formais, em sala de aula, cobrar atividades e notas. “A vida é mais do que isso. E a importância de sábados letivos como esses foi trabalhar, com os alunos, temáticas que não são abordadas geralmente no cotidiano da escola. Sem contar que é um formato diferenciado – através das rodas de conversa, oficinas, desenhos, atividades físicas – que acaba sendo um atrativo. É uma forma de levarmos um conteúdo importante de uma maneira que eles possam entender e se expressar”, revelou o diretor.

Parceria

A primeira parte do projeto consistiu em levar psicólogas e nutricionistas, todas voluntárias, para conversar com os alunos na escola. Em cada sala, os adolescentes criaram rodas de conversa, nos quais debateram questões espinhosas como o uso de drogas, sexualidade e bullying.  Eles também falaram sobre alimentação saudável e passaram por uma pesagem, para saber se estão dentro, abaixou ou acima do peso estabelecido como normal. “Essa ação só foi possível graças a parceria firmada pela Thétis Nunes e um grupo de profissionais que têm uma preocupação social, que têm uma visão sobre como é importante contribuir com a melhoria da qualidade de vida da nossa cidade”, afirma o professor Tenório.

Para os jovens que participaram, a experiência foi extremamente positiva. “Na roda de conversa, entendi que aquelas pessoas que duvidam da gente quando nós expomos os nossos sonhos não merecem ser ouvidas. Que a gente deve deixar para lá quem não duvida da nossa capacidade, da nossa força. Eu quero ser médico e preciso trabalhar para conseguir realizar esse sonho. E o primeiro passo é ignorando quem não acredita em mim”, declarou o estudante do 6º ano, Geilton Silva dos Santos, de 11 anos. Para Marcela Vitória Oliveira, também do 6º ano, o que marcou foi outra coisa. “Aprendi que é importante aprendermos várias coisas, inclusive, como lidar com a raiva, com o medo, com a maldade. Eu gosto de fazer essas aulas especiais porque elas sempre são interessantes”, concluiu.

O coordenador pedagógico da Emef Thétis Nunes, professor Leonardo Guimarães Batista, também gostou da experiência. “Ficamos bastante felizes com a visita da secretária de Educação, professora Cecília Leite, no primeiro dia do projeto. Queríamos mostrar nossa proposta, que é resultado de uma parceria com várias áreas de conhecimento. A partir dela, faremos uma triagem entre os nossos alunos para uma ação mais efetiva de combate às drogas, sempre tendo como meta melhorar a qualidade de vida dessas crianças e realmente causar um impacto positivo no processo de ensino e aprendizagem”, destacou.