Arte e sustentabilidade: produção para o desfile cívico utiliza material reciclável

Educação
14/08/2018 14h23

Cajueiros, papagaios, casinhas coloridas e igrejas. Toda a produção para o Desfile Cívico da Secretaria Municipal da Educação (Semed), que acontece no dia 2 de setembro, começa a tomar forma. Com o tema “Aracaju, minha cidade faz história”, o desfile narrará a trajetória da fundação da capital através de muita arte. E a sustentabilidade está presente: a base da produção é feita de papelão.

Aos poucos, o que era apenas papelão armazenado no almoxarifado da secretaria começa a se transformar pelas mãos dos oito técnicos e estagiários da Coordenadoria de Arte e Educação (Coarte). “Em dinheiro, gastamos cerca de R$ 520,00, a maior parte do papelão foi retirado do almoxarifado, conseguido nas escolas e também em lojas. Estamos trabalhando nessa perspectiva de reciclagem. E eu trabalho com a máxima do carnavalesco Joãozinho Trinta, que é transformar o lixo em luxo”, explica o coordenador da Coarte, Rivaldino dos Santos.

A produção começou no dia 1° de julho e a equipe montou a oficina nas instalações da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Freitas Brandão, no bairro Suíssa. Após o desfile, a proposta da Semed é reutilizar todo o material ainda de forma pedagógica. “Vamos percorrer as escolas da rede, principalmente as do Fundamental Menor, para fazer exposições, dando uma aula sobre a criação da cidade. Aracaju não conhece sua história e nada melhor do que a escola para fazer este papel, mas não de uma forma mecânica, e sim com interação”, afirma Rivaldino.

A ideia de sustentabilidade está dentro da proposta da gestão municipal de transformar Aracaju em uma cidade humana, inteligente e criativa. “Vamos além da avenida. Não adianta colocar apenas no desfile e depois jogar fora, todo o trabalho de sustentabilidade seria em vão, apenas para ornamentar. Mas a nossa proposta é realmente trabalhar de forma pedagógica e reutilizar em outras ocasiões. Estamos pensando em alternativas para não deixar esse material parado em um galpão”, conta Felipe Santos, técnico da Coarte.

Além de informar e ensinar, o Desfile Cívico ainda contribuirá com o meio ambiente. “Essa proposta vai trazer o benefício do 5 R (reciclar, reduzir, reutilizar, repensar e recusar). O papelão, que foi industrializado e produzido para encaixotar, agora vai ser reutilizado com a finalidade artística, além do barateamento dos custos e a preservação dos nossos recursos naturais, como os aquíferos e as florestas que são insumos e matéria-prima para a fabricação do próprio papelão, vai gerar essa provocação nos alunos e no público, que vai refletir sobre essa brilhante iniciativa”, comenta o analista ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), Cleverton Silva.