Mais de 100 jovens participam de formação LGBT realizada pela Assistência Social

Assistência Social e Cidadania
11/09/2018 12h28

A Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, através da Diretoria de Direitos Humanos (DDH), realizou nesta terça-feira, 11, um grande encontro com mais de 100 alunos do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Realizado no auditório da instituição de ensino, a iniciativa provocou o debate acerca dos assuntos relacionados ao universo LGBT, com o objetivo de contribuir para o futuro profissional e o processo de formação política de cada participante.


“Ele era menino, agora é um travestir”; “Esse menino escolheu ser gay”; “Essa menina fica com meninas porque quer”. Essas são algumas afirmações feitas por pessoas leigas quando o assunto é a diversidade sexual. Foi pensando em tornar essas noções mais claras e tirar as diversas dúvidas existentes que a DDH promoveu o encontro de formação.


O assessor técnico de assuntos LGBT da DDH, Marcelo Lima, explica que fomentar o debate entre os jovens estudantes contribui para tornar a sociedade cada vez mais justa. “Essa é uma maneira de mudar os pensamentos, de quebrar formas diferentes e pejorativas de falar, de acabar com o preconceito e, acima de tudo, faz com que esses futuros profissionais abram as suas mentes sobre essas questões, formando opiniões coesas. Tudo isso ajuda a tornar o mundo mais justo. Para a profissionalização, isso é muito bom porque cada trabalhador deve ter a compreensão de quem são as pessoas que fazem parte da nossa sociedade como um todo. Daqui, sairão profissionais que irão lidar com o público LGBT. Então, temos a certeza de que estamos dando um grande passo de conscientização e formação ideológica dos alunos”, complementa.


A estudante do curso técnico de Ocupações Administrativas, Aíres Cardoso, confessa que tinha muitas dúvidas, mas que foram sanadas. Para ela, essa formação será um diferencial no atendimento às pessoas da comunidade. “Eu considerava que uma pessoa gay tinha a opção de ser gay. Hoje, através das discussões, fiquei convencida de que é algo que a pessoa já nasce assim, ela não escolheu ser assim. A palestra veio para agregar e evitar que nos direcionemos a essas pessoas de uma forma preconceituosa, por exemplo”, observa.


Jonathan Mateus de Almeida é estudante de Práticas Bancárias e já atua na área. Segundo ele, a dificuldade de como se comportar de uma maneira respeitosa é frequente. “Onde trabalho, atendo várias pessoas LGBT. Existem termos que ainda não são tão populares e não temos conhecimento. É muito interessante essa abordagem para termos uma visão mais ampliada, e saber como devemos atender os nossos clientes satisfatoriamente”, disse.


Mais respeito no Mercado de Trabalho


A instrutora de aprendizagem, Karine Guimarães, compreende a oportunidade como um complemento do curso que será primordial para quando os futuros profissionais forem atender os seus clientes. “Nós entendemos que essas discussões são muito importantes para os nossos alunos. Por causa da idade, da falta de conhecimento, da ramificação familiar ainda existem certos preconceitos. Com isso, sabemos que quanto mais cedo essas dúvidas forem esclarecidas, melhor será para os seus futuros. Eles vão trabalhar diretamente com o atendimento, com isso, essa formação os tornará em profissionais mais capacitados e preparados para atender a essas pessoas da forma correta”, destaca.