Pilão de Pif emociona público do Quinta Instrumental com repertório dedicado à cultura nordestina

Cultura
12/10/2018 09h23

O projeto Quinta Instrumental chegou a sua 12ª edição trazendo, na noite desta quinta-feira, 11, para o palco do teatro João Costa, localizado no Centro Cultural de Aracaju, uma apresentação dedicada à cultura nordestina e ao folclore sergipano. A banda sergipana Pilão de Pif emocionou o público com um repertório que preserva a arte nordestina dos pífanos e o pulso vibrante da caixa e da zabumba. Idealizado pelo planejamento estratégico da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), o principal objetivo do Quinta Instrumental é valorizar o cenário musical aracajuano,  possibilitando a ocupação estratégica do Centro Histórico da capital.
 
O percussionista e diretor musical, Betinho Caixa D`Água, deu início ao espetáculo comentando sobre a participação da banda Pilão de Pif no projeto. “Estamos muito felizes em fazer parte da programação deste evento, que tem um valor incalculável para a cultura do nosso Estado. Ouso dizer que ele é, também, uma porta para novos grupos e gera para os grupos veteranos uma visibilidade que os incentiva a continuar na luta pela preservação da nossa identidade cultural”, enfatizou. 

 
A Pilão de Pif desenvolve um trabalho de pesquisa, preservação e atualização da arte ligada aos pífanos desde 2003 e tem em sua formação os músicos Edmar Santos (pífanos), Aragão Santos (pífanos), Betinho Caixa D'Água (caixa e percussão), Michel de Paula (zabumba) e Ney (surdo e percussão). “A banda é conhecida por fazer um som nordestino e marcado por fortes raízes culturais. As apresentações da banda se caracterizam pela energia constante e interação com o público”, afirmou, Betinho.

 
Com uma narrativa musical emocionante, o percussionista acrescentou que o público pôde conferir de perto um repertório especial apenas com músicas autorais. “Trouxemos ao palco do Quinta Instrumental um repertório 99% autoral, com músicas que falaram sobre a linguagem do Pífano, com as batidas do folclore sergipano. O público conferiu alguns ritmos como Taieira, São Gonçalo, Chegança, entre outros ritmos que fazem parte da nossa cultura sergipana, além, é claro, do som da guitarra de Abraão Lucas Gonzaga, fazendo a harmonia junto ao Pife de Edmar Santos e à percussão de Ney Nascimento, junto comigo”, detalhou. 


A fusão dos ritmos do folclore sergipano chamou a atenção do autônomo João Silveira. “Foi emocionante. Essa banda trabalhou muito bem a nossa identidade cultural com os ritmos já conhecidos pelos grupos folclóricos sergipanos. Todos estão de parabéns e a Funcaju merece todo o destaque por trazer a um espaço que abriga a nossa história uma programação especial como essa que aconteceu agora com a banda Pilão de Pif”, finalizou.