Parceria entre Assistência e Unit leva ação sobre saúde bucal para o Centro Dia

Assistência Social e Cidadania
18/10/2018 13h17

“A saúde começa pela boca”. Essa frase é bastante usada entre os cirurgiões dentistas, profissionais responsáveis por cuidar da nossa saúde bucal. Ela também se fez presente na ação realizada na manhã desta quinta-feira, 18, no Centro Especializado para Pessoas com Deficiência (Centro Dia), unidade da Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, que recebeu a visita de estudantes do curso de Odontologia da Universidade Tiradentes (Unit) para tratar do assunto. Na oportunidade, os responsáveis e usuários puderam tirar dúvidas de como cuidar melhor da cavidade oral que estabelece uma ligação direta entre o sistema digestivo e o exterior do corpo.

Quantas vezes ao dia deve ser feita a escovação, como passar o fio dental corretamente, qual o tempo médio para fazer uma visita ao dentista. Essas e outras dicas foram passadas para os responsáveis dos usuários atendidos pela ação. Para a coordenadora do Centro Dia, Lidiane Vieira, poder proporcionar um encontro como esse é uma forma de complementar o serviço da instituição. “Trabalhamos com pessoas que possuem deficiências que podem dificultar, por exemplo, a escovação e que usam medicamentos que afetam os seus dentinhos. Por isso, entendemos que receber essa visita fortalece o nosso trabalho e, claro, traz muitos benefícios para os nossos usuários”, observa.

Uma troca de conhecimento. É assim que a professora responsável pelo monitoramento da ação, Aline Soares, define a parceria entre as instituições. Para ela, vivenciar as dificuldades e os anseios das famílias é muito significativo para o processo de formação dos alunos durante a graduação. “Estamos sempre reforçando que a boca é a porta de entrada de muitas doenças, e que a Odontologia não é apenas para tratar de problemas nos dentes. Nós tratamos do ser humano, que muitas vezes pode não ter uma cárie, mas tem uma diabetes que pode agravar algumas situações. Trabalhar com pessoas que possuem limitações requer alguns cuidados específicos. Temos que ter um manejo, uma abordagem diferenciada para que elas possam se sentir acolhidas, confiantes e seguras no atendimento odontológico. Então, para esses estudantes, participar de uma ação como essa agrega muito na sua formação”, pontua.

A estudante do oitavo período de Odontologia, Yohanna Mayanne de Lima, acredita que sair da clínica universitária para participar de ações que lidam com pessoas com deficiência ajuda a tornar o futuro profissional mais sensível em relação às causas. “Eu já entendo que ser dentista vai muito mais além do cuidar da boca de uma pessoa. É preciso entender as necessidades e cuidar do nosso paciente enquanto ser humano. Ficar entre quatro paredes, dentro de uma clínica, não faz de nós futuros dentistas sensíveis, apenas profissionais da Odontologia. Então, sem dúvida, tem sido muito pertinente”, destaca.

A dona do lar Maria Floraci Santos Dias é mãe do José Rodrigo de Jesus Santos, que é atendido pela unidade da Assistência Social por possuir paralisia cerebral. Segundo dona Maria, a ida ao dentista junto com o Rafael acontece com frequência, mas a oportunidade faz com que os usuários e os seus responsáveis tenham uma atenção ainda maior sobre a higienização da boca. “Quando a visita vem para falar de cuidados para os nossos filhos é sempre muito bom. A cada quatro meses eu vou ao dentista e levo o Rafael para fazermos avaliações. Percebi que estamos no caminho certo”, disse.

A ocasião serviu também para apresentar um pouco dos serviços ofertados pela instituição em sua clínica odontológica, que fica no Centro de Aracaju. Lá, o usuário tem acesso a vários procedimentos, pagando apenas uma taxa semestral no valor de R$30.