Cine Ciclo no NPD exibe filmes e proporciona diálogo sobre mobilidade urbana

Cultura
18/10/2018 23h43

No Brasil, em pleno século 21, com mais de 208 milhões de habitantes e 61 milhões de veículos em curso, o país encara um dos maiores desafios globais, a mobilidade urbana. Com o propósito de difundir a produção audiovisual local, o Núcleo de Produção Digital (NPD) Orlando Vieira, em parceria com a ‘Organização Ciclo Urbano’, promoveu, na noite desta quinta-feira,18, o lançamento do  Cine Ciclo, que integra a programação de aniversário de quatro anos do Centro Cultural de Aracaju (CCA), celebrado no próximo sábado (20). 

Para comemorar a data, foi realizada a exibição (aberta ao público) do documentário sergipano “Sinal Vermelho: arte de rua pede passagem” e do filme “Elo perdido - o Brasil que pedala”, com direção da paulistana Renata Falzoni. O presidente da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju), Cássio Murilo, destacou a importância do NPD está no CCA, trazendo a democratização do acesso ao audiovisual ao longo desses anos no centro histórico da capital sergipana. “É de fundamental relevância promover essa linguagem artística no cenário local, contribuindo assim para uma Aracaju mais humana, inteligente e criativa”, afirmou.

Após a exibição, ocorreu o debate sobre os temas direito à cidade, arte na rua e mobilidade urbana, em uma roda de conversa com os diretores Cariolando Santos e Luciano Freitas, e a presidenta da Associação Ciclo Urbano, Sayuri Dantas. Cariolando, formado em Cinema e Audiovisual na Universidade Federal de Sergipe, pontua a importância do espaço cedido pelo Núcleo como um estímulo à produção audiovisual local. “Espero que essa iniciativa possa abrir os olhos dos produtores, com objetivo de dar visibilidade para Sergipe, pois nós produzimos, temos salas para exibir e o NPD é uma delas”. 


Premiado
 
O documentário ‘Sinal Vermelho: arte de rua pede passagem’ foi premiado e exibido na Cinemateca da Cidade do México, ficando em 2º lugar na categoria Curta Metragem em meio a produções de 42 países diferentes. O filme, com apenas 20 minutos de duração, traz relatos dos artistas de ruas que trabalham nos semáforos da cidade de Aracaju e a relação entre os espaços urbanos e a mobilidade urbana. 

Este ano, a Associação Ciclo Urbano completou 11 anos de existência e a presidenta Sayuri Dantas conta a respeito do resultado alcançado. “Bem mais do que o esperado. O objetivo era justamente promover o debate com diversidade em seu público, professores, alunos, gestores públicos, os próprios artistas de rua participantes do curta metragem e proporcionar a inclusão da arte através da acessibilidade”. 

Definitivamente os aracajuanos estão cada vez mais apaixonados pelos benefícios e praticidades das bicicletas. Esta paixão ocorre em decorrência da intensa motorização de carros, motos e a emissão CO2 na atmosfera das grandes cidades, caos no trânsito e, principalmente, a busca por uma vida mais saudável. Aracaju está no rumo certo e a Prefeitura Municipal tem garantido isso.