Saúde realiza mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti no Santos Dumont

Saúde
17/11/2018 10h53

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promoveu mais um mutirão de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Neste sábado, 17, os agentes de combate às endemias visitaram as casas dos moradores do bairro Santos Dumont para intensificar e orientar sobre a eliminação dos criadouros do vetor.

Os mutirões são realizados em dois sábados por mês para prevenir a proliferação dos mosquitos Aedes aegypti que transmitem a dengue, a zika e a febre chikungunya. “Este é um período do ano em que é preciso intensificar o trabalho porque é propício ao desenvolvimento mais rápido do Aedes, e nos locais onde encontramos focos do mosquito o trabalho deve ser reforçado para a orientação da comunidade. Graças a estas ações é que estamos tendo um resultado satisfatório em relação ao controle do Aedes a cada ciclo”, destacou a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde (DVAS), Taise Cavalcante.

“Os técnicos entram de casa em casa, vão até o quintal, acompanhados do morador, observam qualquer depósito que contenha água e orienta este morador, mostra os riscos que ele corre ao deixar a lavanderia com água sem a cobertura, informa da importância de estar fazendo a limpeza destes depósitos, pelo menos uma vez por semana. É importante fazer este trabalho aos sábados porque muita gente está em casa”, esclareceu o coordenador do Programa Municipal de Controle do Aedes, Jeferson Santana.

Os índices de infestação dos bairros, os casos notificados e o resultado do LIRAa são indicativos para a SMS saber quais as áreas que precisam ser intensificadas ou não. “Temos percebido que a zona norte de Aracaju precisa ser intensificada com as ações. De acordo com o último LIRAa o índice de infestação da capital é 0,9, mas na zona norte está um pouco maior. Hoje, escolhemos o bairro Santos Dumont por ter uma concentração de pessoas muito grande e isso favorece muito a proliferação de mosquitos e por consequência a transmissão de doenças”, informou Jeferson.

Outra justificativa importante para a escolha do bairro é que o Santos Dumont faz fronteira com outros bairros populosos da capital. “Se der um problema ali, certamente irá afetar os outros próximos. Nós intensificamos as ações no entorno da Unidade Básica de Saúde Anália Pina. Aproveitamos para conversar com a população, mostrar os cuidados que precisam ser tomados como evitar água parada e ter cuidado com plantas com água como bromélias”, enfatizou o técnico da SMS.

Também é importante ficar em alerta quanto aos sinais e sintomas destas doenças. Se a pessoa tiver febre, dor de cabeça e manchas avermelhadas pelo corpo deve procurar o médico imediatamente e não se automedicar.

A dona de casa Afra de Góis diz que acha importante que os agentes de endemias passem nas casas olhando os quintais. “Buscamos ter cuidado para não aparecer as larvas, mas às vezes falta água e temos que estocá-la em casa e podemos esquecer de tampar o vasilhame, então pode aparecer. Mas os técnicos da Secretaria nos ajudam a lembrar durante essas visitas que este mosquito causa tanto transtorno nas nossas famílias. Eu mesma perdi uma sobrinha querida por causa da dengue em 2008”, emocionou-se.

Ciclos

São realizados seis Levantamentos de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) por ano pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). No último, a capital ficou com índice de 0,9 considerado o melhor do mês de novembro dos últimos 11 anos.  “Dos seis ciclos que são feitos este foi o melhor ano dos últimos 11 anos, pois em quatro deram baixo risco”, informou o coordenador do Programa.

O baixo risco é considerado quando o LIRAa dá até 0,9; de 1,0 até 3,9 é médio risco e acima de 4,0 é alto risco de infestação do mosquito. “Aracaju nunca deu alto risco, nem mesmo quando houve o surto em 2008. No entanto, já deu médio risco várias vezes, por isso estamos sempre atentos”, explicou Jeferson.