Secretária da Saúde de Aracaju desmente informações falsas sobre reforma na UBS Celso Daniel

Saúde
21/11/2018 21h32

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Aracaju desta quarta-feira, 21, o vereador Anderson de Tuca voltou a acusar a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de cometer irregularidades nas obras de reforma da Unidade Básica de Saúde (UBS) Celso Daniel, localizada no bairro Santa Maria. Porém, a secretária Waneska Barboza alerta que o parlamentar utilizou-se de informações falsas durante sua argumentação.

“O vereador disse que possuía um documento da empresa que relatava o que havia sido feito na UBS, e que provava que a reforma já estava finalizada. Essa é a primeira informação falsa dada pelo parlamentar. Primeiro porque a obra ainda não foi concluída, uma vez que, desde setembro, o Ministério da Saúde não libera o restante dos recursos de emendas parlamentares para que fosse dada a continuidade dos serviços. E o segundo ponto é que nunca foi emitido, pela SMS ou pela empresa contratada, qualquer documento que oficializasse o término desse processo”, rebateu Waneska.

A secretária acrescenta ainda que a falta de pagamento inviabilizou a continuidade, o que fez com que a empresa responsável pela obra, Santa Clara, emitisse um documento solicitando a parada nas obras. “Como os recursos são provenientes de emendas, não poderíamos dar continuidade com recursos do município, pois isso iria de encontro à Lei 8.666 e poderia acarretar em um processo de improbidade administrativa. Mas é importante reforçar que tudo o que foi mostrado pelo vereador ainda será finalizado, e que o município jamais noticiaria uma falsa reforma, como ele diz”, contrapôs.

O engenheiro responsável pela obra, Ivan Cruz, confirma a versão de SMS e diz que as afirmações do vereador não correspondem com a realidade, pois foi feita sem qualquer conhecimento de causa, com base apenas em uma visita feita durante a ausência da empresa. "Prova disso são os registros pontuais mostrados, que sequer estão no contrato com a prefeitura, a exemplo de uma parede feita de gesso acartonado, colocada pelas equipes de engenharia da própria SMS. Outra acusação falsa foi sobre uma porta que teríamos registrado como instalada e que nas fotos aparecem soltas. Temos esse serviço no contrato, mas não foram feitas nem a execução, nem a medição. Sei que o vereador faz o papel dele de fiscalizar, porém, como representante do povo, ele deveria era cobrar que o governo federal liberasse a verba para que as obras na unidade, de fato, sejam finalizadas, e não simplesmente acusar sem saber o que está ocorrendo na verdade”, argumentou.