Biblioteca Mário Cabral promove debate com a temática Vidas Negras Importam

Cultura
21/11/2018 22h38

Repleta de empoderamento, luta, reflexão e celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra, a Biblioteca Municipal Mário Cabral, em parceria com o Centro Acadêmico de Biblioteconomia Epifânio Dória (Cabed) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), realizou nesta quarta-feira , 21, a terceira edição do “Em Debate”, com a temática ‘Vidas Negras Importam”. O evento aconteceu no Centro Cultural de Aracaju (CCA), unidade vinculada à Fundação Cultural da Cidade de Aracaju (Funcaju).

O representante do Cabed, Paulo Fernandes trouxe para reflexão notícias que tratam do racismo, cotas, homicídios e conquistas, uma vez que as informações veiculadas nas mídias têm grande impacto para as pessoas que consomem e, principalmente, para quem participa da luta. “Discutir o Dia da Consciência Negra nos dias de hoje é mais importante do que nunca. Antes as pessoas que tinham o racismo escondido, agora já conseguem expressar o seu preconceito. Eu acho que debater as cotas, o poder da comunidade negra dentro da sociedade é fundamental”.

Para a coordenadora da Biblioteca Mário Cabral, Verônica Cardoso, debater essa temática dentro de espaços de estudo e leitura é o ideal. “Assim mostramos o papel da biblioteca além do que é visto na sociedade  e ajudamos as pessoas a enxergarem que aqui também é um local para promover ações que motivem a comunidade a participar e refletir sobre a consciência negra não só no dia que é comemorado, mas sempre”, disse.

Durante o debate, os convidados se sentiram à vontade para contarem as suas experiências. Militante do movimento contra o racismo, Quésia Souza, falou sobre o fortalecimento da luta. “É preciso trazer mais a comunidade negra para esses diálogos. Esse evento que estamos vivenciando na biblioteca é de extrema importância. Hoje em dia existem essas manifestações, mas não são todos os negros que vão. Poderíamos ir para mais lugares onde existam pessoas negras para que elas possam compartilhar suas vivências e trazer a nossa origem para essas pessoas”.