Biblioteca Municipal Clodomir Silva promove Hora do Conto alusivo ao Dia da Consciência Negra

Cultura
22/11/2018 23h29

Expressões felizes e olhos sempre atentos. Assim se comportaram os alunos da escola Ágape ao participarem, nesta quinta-feira, 22, do projeto ‘Hora do Conto’ na Biblioteca Municipal Clodomir Silva, unidade vinculada à Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). Essa edição foi em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra. As crianças, de forma prática e dinâmica, absorveram conhecimentos sobre a temática. Além disso, elas conheceram o conto da Abayomi, que é um símbolo de resistência, tradição e poder feminino, e puderam participar do trabalho de confecção das bonecas. 

“Esse projeto foi idealizado com a proposta de incentivar a leitura através de contações de histórias de forma lúdica, divertida e prática. Falar sobre a Consciência Negra de forma leve e agradável para que eles entendam, perguntem e opinem é o nosso maior objetivo, deixando eles à vontade no nosso espaço. Ver o brilho nos olhos deles quando esses eventos acontecem, é maravilhoso", disse a secretária da Clodomir Silva, Gleice Hora.

A ministrante da oficina, Edite Araújo, falou um pouco sobre a importância de estar dialogando com as crianças sobre essa temática de forma descontraída. "Esse Hora do Conto foi feito na intenção de mostrar o que tem de rico na cultura africana e fazer as crianças enxergarem que elas não precisam estar no computador ou em um vídeo game. É a partir das brincadeiras, de forma dinâmica, que as crianças têm a criatividade e desenvolvem o pensamento crítico".

“A boneca Abayomi era feita nos navios negreiros e confeccionadas com as barras das saias da mãe. Antes que elas fossem afastadas dos seus filhos, faziam essa boneca e utilizava a frase ‘dei o melhor de mim pra você’, para manter seus filhos resistindo. Uma forma de desejarem força para que fizessem o mesmo. A boneca fazia com que as crianças dos navios negreiros voltassem a ter estímulos para sonhar", informou Edite.

A pequena estudante Ayssa Vitória Santos ressaltou, com entusiasmo, sobre a oportunidade que teve de estar numa biblioteca adquirindo tantos conhecimentos que ela não sabia, e ainda puder confeccionar a sua própria Abayomi. "Muito legal, além da gente aprender sobre a história da consciência negra e da boneca, fizemos uma muito parecida com a que eles tinham lá naquela época", contou.