Última edição do projeto Ossos do Ofício de 2018 é encerrada com sucesso

Cultura
22/11/2018 23h32

A Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) acerta, mais uma vez, ao atender às expectativas dos artistas do cenário musical sergipano que participaram do ‘Ossos do Ofício’, durante os dias 21 e 22 de novembro. Com intuito de qualificá-los, através das novas metodologias do mercado cultural, o projeto trouxe um renomado pianista italiano Stefano Cortese para compartilhar o seu conhecimento e técnicas musicais, através da oficina ‘Composição e Improvisação Coletiva’. O encontro foi realizado no Centro Cultural de Aracaju (CCA), localizado na Praça General Valadão.

De acordo com o ministrante do curso, o conteúdo trabalhado foi um módulo dividido em três momentos: técnicas, sensibilidade, e ‘no barco', ou seja, a performance ao vivo. “Foi muito enriquecedor. Cada vez que eu dou uma oficina dessa o primeiro aluno a aprender sou eu. E, fiquei surpreso pela sensibilidade musical de todos, sobretudo, feliz por sentir que o compartilhamento dos meus conhecimentos foi para pessoas que realmente estavam dispostas em aprender”, afirmou Stefano Cortese. 

Clara Raquel, formada em música pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), ressaltou a importância da criatividade do músico italiano em possibilitar novas práticas de produção musical. E, agradeceu à Funcaju por oportunizar essa capacitação para os músicos do estado. "Stefano foi um professor excelente porque ele proporcionou uma nova visão de como ouvir e produzir a música além da partitura, com ideias disseminadas pelo grupo participante. Eu achei esse curso magnífico e já estou esperando o próximo, porque temos a esperança que tenha mais ano que vem”, vibrou.  

Já o professor do curso de piano, Mayckou Bianchetti, da Escola de Artes Valdice Teles, unidade vinculada à Funcaju, falou que a oficina agregou ainda mais conhecimento profissional e superou as suas expectativas. “Para quem toca instrumentos musicais é preciso ter essa reciclagem porque o participante começa a trabalhar e pensar mais em grupo, ou seja, foge da sua ilha de instrumento e começa a pensar mais em algo coletivo. Dentro disso, aprendi a deixar a improvisação bem mais elaborada e as notas bem distribuídas, sempre respeitando a regência. O trabalho rítmico melódico harmônico foi dentro de uma margem que superou bastante”.