Cras Carlos Fernandes de Melo recebe Feira Cultural em homenagem à cultura africana

Assistência Social e Cidadania
27/11/2018 17h34

Enaltecer a cultura do negro e reforçar a importância da população, que corresponde a maior parcela da sociedade brasileira. Esses foram os objetivos da feira cultural "África: nossa ancestralidade”, promovida pela Secretaria Municipal da Assistência Social, no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Carlos Fernandes de Melo, localizado no bairro Lamarão. O evento, que foi realizado nesta quarta-feira, 27, reuniu dezenas de usuários dos serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e de Proteção e Atenção Integral à Família (Paif), ofertados órgão assistencial.


Durante a feira, os usuários puderam apreciar o que há de melhor da cultura africana: danças, comidas, moda, entre outros diversos aspectos da rica cultura trazida pelos negros africanos. A ocasião foi um momento de celebração, de conscientização, e de culminância de uma série de atividades realizadas durante todo o mês, em que se comemora o Dia da Consciência Negra.


De acordo com o coordenador do Cras Carlos Fernandes, Reginaldo Vieira, a instituição atua dentro da comunidade com a perspectiva de prevenir a violação dos direitos das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. Para ele, enfrentar o racismo também faz parte do papel da unidade da Assistência. “Hoje foi um dia de reforçar a valorização do negro para a sociedade brasileira. Queremos, a partir da iniciativa, tentar acabar com a discriminação e tentar desconstruir uma série de preconceitos, em que muitas vezes o negro é vítima, como é o caso do racismo. Então, estamos aqui para falar sobre o assunto e, claro, exercer o nosso papel, que é atuar na perspectiva da prevenção”, ressaltou.


Na feira, foram realizadas diversas atividades, a exemplo de desfiles, roda de capoeira e oficina de turbantes. Para a apoio técnico da Gerência do SCFV e ativista da Unegro Sergipe, Thaty Meneses, que também foi responsável por ministrar a oficina de turbantes, levar a oficina à feira é uma forma de enfatizar a beleza do negro que, segundo ela, é depreciada. “Estamos reforçando a valorização da estética negra, que é uma estética depreciada. Nós, enquanto negros, crescemos odiando a nossa pele, o nosso cabelo. Trazer essa oficina é uma forma de enfatizar, marcar e mostrar a nossa beleza”, observou.


A aposentada Maria de Lourdes Santos  participa do grupo de idosos do Cras. Ela conta que vem de uma família miscigenada, composta por pessoas brancas, de olhos verdes, e negra, dos cabelos crespos. Para dona Maria, a feira vem para mostrar o quanto o negro é importante para a formação do povo brasileiro e o quanto é preciso ratificar que todos têm direitos iguais. “Esse foi um momento muito bom de conscientização. Infelizmente, ainda temos que ficar lembrando que todo mundo é importante, independentemente da sua cor. Essa foi a mensagem passada aqui”, analisou.