12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos é encerrada com filmes e debates no Centro Cultural de Aracaju

Cultura
14/12/2018 18h57

Nesta sexta-feira, 14, foi realizado, no Centro Cultural de Aracaju, o encerramento da 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos. O evento é uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), com realização do Instituto Cultura em Movimento (ICEM), em parceria com a Prefeitura de Aracaju, por meio do Núcleo de Produção Digital (NPD) Orlando Vieira, unidade vinculada à Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).

Ao longo de toda a programação, foram exibidos, sala de exibição do NPD, 40 filmes com base  nos 30 artigos presentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 70 anos neste mês de dezembro. A Mostra abordou temas como: direito da pessoa com deficiência, das crianças e dos adolescentes, das mulheres, da população indígena; a luta pela LGBTfobia, imigração, cidadania, democracia, entre outros que serão abordados por meio da linguagem audiovisual como forma de ampliar os espaços de informação.

“Os Direitos Humanos buscam promover a cultura através do audiovisual, que ultrapassa esses questionamentos e leva-nos a temas que vislumbra  a transformação social.  Então, estamos felizes com a Mostra, mais uma vez, sendo realizada aqui no NPD. Ela nos propõe, com a linguagem audiovisual, discutir acontecimentos que tenham relação com a nossa sociedade”, destacou o coordenador de projetos do NPD, Ancelmo Amaral.

O estudante de Psicologia, Matheus Macena, 22 anos, que faz parte da equipe de produção da 12º Mostra de Direitos Humanos explica como as produções audiovisuais vêm construindo uma trajetória rica com o evento. “Vejo o audiovisual como uma ferramenta indispensável no XXI, principalmente, quando se remete a  comunicação  e educação, pois a relação entre áudio e imagem é uma oportunidade de fornecer a informação de maneira didática, e explanar e nos questionar o que é Direitos Humanos por meio de discursos de senso comum como ao mais politizado”. 

Durante o encerramento foram exibidos na sala do NPD, o média metragem  alagoano  “A espera”, de Nivaldo Vasconcelos e Sónia André, que narra o drama dos casamentos prematuros em Moçambique. Além deste, teve o documentário “Chega de Fiu Fiu”,  de Amanda Kamanchek e Fernanda Frazão, que amplia o debate sobre o assédio sexual em  lugares públicos, com base  no relatos de três mulheres brasileiras de diferentes regiões do país.

E, na sessão com debate, o público pode conferir mais dois curtas metragens: “Narrativas de um crime” de Alison Zago e “Um café e quatro segundos”,  de Cristiano Requião. Para encerrar, foi exibido  “Lacerda, o Corvo da Guanabara”, com a direção de Sayd Mansur.

Tony Rimeni, 37, formado em Ciências Contábeis, acompanhou a Mostra alguns dias e ressalta a importância de promover evento que dialoga com os Direitos Humanos. “São exibidos filmes bastantes educativos que nos incentivam a criar uma relação maior com o cinema, além dos momentos de lazer que podemos ter. Toda pessoa deve ter acesso a iniciativas como esta”, opinou.