Prefeitura de Aracaju conscientiza cidadãos aracajuanos sobre os direitos das pessoas LGBT

Assistência Social e Cidadania
04/01/2019 17h15

A carta da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que em 2018 completou 70 anos da sua promulgação, tem início com a seguinte frase: “Todos os cidadãos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Seguindo as orientações do documento e respeitando os seus princípios, a Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, atua, através da Diretoria de Direitos Humanos, conscientizando a população aracajuana sobre os direitos das pessoas, independente de sexo, orientação sexual e identidade de gênero ou qualquer outra situação.

Dentro da Coordenadoria da Equidade, da Diretoria de Direitos Humanos, foi instalada a assessoria LGBT, que trabalha no município na promoção de ações, projetos e abordagens sociais com o objetivo de fomentar o debate sobre os direitos das pessoas LGBT. Em 2018, foram realizadas em escolas municipais e nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) de Aracaju, aproximadamente 35 formações de cunho pedagógico com o intuito desconstruir conceitos, fortalecer a cultura do respeito e estimular a inclusão do público nos diversos segmentos da sociedade.

Outro foco das atuações da assessoria LGBT é o combate à discriminação e ao preconceito, que são responsáveis por causar sérios problemas nas vidas de muitos homossexuais, lésbicas, transexuais, travestis entre outros. A Declaração Universal dos Direitos Humanos condena tais práticas, assim como executá-las com base na cor da pele, raça, sexo, religião ou qualquer outra situação. “Desempenhamos um trabalho permanente, em que abordamos nas ocasiões quem são essas pessoas, o que elas fazem e o quanto sofrem com a exclusão social. Estamos fazendo com que todos os aracajuanos compreendam que essa parcela da população faz parte da cidade e precisa ser acolhida e ter acesso às políticas públicas. Entendo que a semente plantada, no futuro, vai render bons frutos como a transformação do comportamento de parte da sociedade em relação às pessoas LGBT”, ressalta o gerente da assessoria LGBT da  Diretoria de Direitos Humanos, Marcelo Lima Menezes.

Para a secretária municipal da Assistência Social, Rosane Cunha, promover esse trabalho em Aracaju é cumprir com a missão da Prefeitura de tornar a cidade cada vez mais humana. “A gestão municipal da capital sergipana vem buscando torná-la cada vez mais humana. E como fazemos isso? Promovendo os direitos de toda a sua população, principalmente daqueles que mais precisam como, por exemplo, a comunidade LGBT. O trabalho da Assistência vem para somar nesse processo de humanização da cidade e ratificar que Aracaju é para todas e todos”, pontuou.

No ano passado, uma das instituições que receberam a equipe da Diretoria de Direitos Humanos para tratar do assunto foi o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Na ocasião, mais de 100 jovens participaram das discussões sobre as temáticas relacionadas ao universo LGBT. A estudante do curso técnico de Ocupações Administrativas, Aíres Cardoso, confessou que tirou muitas dúvidas sobre o assunto. Para ela, essas oportunidades são necessárias para quebrar diversos paradigmas e desconstruir muitos estereótipos. “Eu considerava que uma pessoa gay tinha a opção de ser gay. Com o bate-papo fiquei convencida de que é algo que a pessoa já nasce assim, ela não escolheu ser assim. A palestra veio para agregar e evitar que a gente aja de uma maneira preconceituosa, por exemplo”, observa.

Para muitas pessoas LGBT da cidade, a iniciativa da prefeitura foi um grande passo dado na luta pela garantia dos direitos da classe. “É muito gratificante ter esse apoio, uma orientação de quem, de fato, age pela causa. Se todas as cidades tivessem essa ajuda, seria muito melhor”, opina o estudante, garoto trans, Kaio Bernado Batista.