A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), preocupada com a inclusão social dos cidadãos que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS) de Aracaju, oferece diversos serviços e atividades terapêuticas, a exemplo das oficinas ofertadas aos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Uma delas é a oficina de Expressão Corporal, realizada no Caps Álcool e Drogas (AD) Primavera, localizada na Atalaia. O serviço foi retomado neste mês e abrange movimentos e conceitos relacionados à capoeira e ao teatro, que também são ofertados no local.
A coordenadora do Caps AD Primavera, Luciana Santos Rodrigues, destaca a importância das atividades relacionadas junto aos pacientes. “Quando trabalhamos na Atenção Psicossocial, pensamos que precisamos tratar as questões somente da mente, ou, no caso deste Caps, do uso de drogas, mas sabemos que a saúde é integral, é holística, então fazemos algumas atividades para além desta questão mais específica que é o uso de drogas”, explicou.
Importância das atividades
Atualmente, o Caps disponibiliza uma grade ampla de atividades como artesanato, pintura, futebol, dentre outras atividades esportivas. Todas com o objetivo de promover bem-estar e integração entre os usuários atendidos pela unidade.
“Pensando mesmo que todos precisam mexer o corpo para gerar endorfina e outras sensações de bem-estar, nós mostramos um leque de possibilidades dentro da vida das pessoas. Então a ideia é que nós possamos, dentro do serviço, ter uma atividade de expressão corporal para mexer o corpo, mas não só através das lutas, da agressividade e sim também, por meio de atividade teatral”, enfatizou a coordenadora.
O oficineiro Alan Moncorvo é atleta de capoeira e avalia de forma positiva a ideia de implementar a oficina no AD Primavera. “A proposta é trabalhar a expressão cultural e corporal, usando a ginga e alguns movimentos de capoeira. A minha temática de trabalho é a música, através da percussão e também trabalho com as artes plásticas”, disse informando que faz parte do grupo BatuCaps.
Segundo Alan, são desenvolvidas também oficinas de mandala, pintura em tecido, em madeira e em camisa, além de outros projetos. “Existe o Projeto Terapêutico Singular (PTS) de cada usuário e de acordo com ele fazemos as atividades. Por exemplo, nas segundas-feiras, sou responsável pelas atividades na área de convivência, nas terças pela manhã é a vez do Bom dia e da oficina de teoria musical, à tarde estamos com a proposta da oficina de teatro e de expressão corporal com capoeira e as cantigas. Nos demais dias existem atividades com os outros oficineiros”, ressaltou.
