Saúde divulga balanço das ações de 2018 do Programa de Controle do Aedes

Saúde
31/01/2019 15h03

A Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde (DVAS), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), divulgou o balanço das ações de combate ao Aedes aegypti realizadas em 2018. De acordo com os dados do ano passado, os agentes de endemias realizaram mais de 900 mil visitas domiciliares, promovendo a eliminação dos focos do mosquito e orientando os moradores quanto à prevenção e controle do vetor de doenças como a dengue, zika e chikungunya.

Durante o período também foram recolhidos 55.114 pneus sem uso em vários bairros da capital. Além disso, o Programa Municipal de Controle do Aedes promoveu diversas ações educativas em escolas e órgãos públicos e privados, com o objetivo de conscientizar a população.

Outro número importante, conquistado através de todas essas ações do programa, foi a redução do número de casos notificados das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, se comparados ao ano de 2017.  Os números de 2018 mostram uma redução de 64%: em 2017, foram notificados 562 casos das três doenças juntas e confirmados 212, enquanto que em 2018, foram notificados 279 casos e confirmados somente 75.

Os dados demonstram a preocupação da Prefeitura de Aracaju em mobilizar a população na luta contra a dengue, zika, chikungunya e em investir em ações de combate ao mosquito. Entre essas atividades, a diretora da DVAS, Taíse Cavalcante, destaca a parceria com o Programa Saúde na Escola (PSE).

Atividades estratégicas

“Acreditamos que, através da educação, é possível mudar comportamentos e hábitos, e com o Projeto Canto Limpo, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação (Semed), estamos conseguindo transformar os estudantes em protagonistas nessa luta contra o Aedes aegypti. No ano passado, conseguimos atingir aproximadamente 75 mil alunos que se tornaram multiplicadores das ações de combate ao mosquito”, enfatizou.

Outro dado importante desse balanço de ações, segundo Taíse Cavalcante, foi a realização de aproximadamente nove mil visitas aos pontos estratégicos, classificados pelas equipes da SMS de acordo com registro de casos e de focos do mosquito. “Dentro do programa, trabalhamos com alguns locais que classificamos como pontos estratégicos, são lugares onde há maior probabilidade de encontrarmos focos, a exemplo dos ferros-velhos, cemitérios e borracharias. Algumas escolas, hospitais e unidades de saúde também estão nessa classificação porque concentram grande quantidade de pessoas e a transmissão do vírus pode acontecer de forma muito mais rápida. Todos esses locais são vistoriados pelos supervisores de campo a cada 15 dias”, explicou a diretora.

A aplicação do fumacê nos bairros também é considerada outra atividade estratégica,realizada regularmente nos locais onde são notificados casos de pessoas adoecidas, e é realizada em duas formas: o fumacê perifocal, onde são colocados inseticidas nas paredes dos pontos estratégicos, e o fumacê costal, que é uma bomba costal, onde os agentes de endemias colocam nas costas e fazem o trabalho de bloqueio de casos. Em 2018, por exemplo, a SMS realizou 172 dias de trabalho de fumacê costal.

Coleta do LIRAa

Durante todo o ano, os agentes de endemias também realizaram a coleta de dados, adotando seis levantamentos durante o ano. O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) é um trabalho realizado a cada dois meses, seguindo a orientação do Ministério da Saúde, e tem como objetivo verificar o índice de infestação predial em Aracaju.

O gerente do Programa do Controle do Aedes aegypti, Jeferson Santana, explica como é feito o levantamento e a importância que ele tem para nortear o trabalho do Programa Municipal de Controle do mosquito. “Durante a coleta do LIRAa nós visitamos os imóveis de cada quarteirão procurando detectar a presença de larvas do Aedes aegypti. Essas larvas coletadas são encaminhadas ao laboratório no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que vai confirmar se realmente são do Aedes ou algum outro mosquito. É a partir desse levantamento que a SMS vai traçar mais as ações de combate ao mosquito e intensificar os trabalhos nos bairros onde os índices ficarem elevados”, enfatizou.

Ainda segundo o gerente, foram realizados aos sábados pela manhã mutirões em parceria com os agentes de endemias. Ao todo, foram 24 mutirões em 2018, praticamente duas vezes por vez  a equipe foi até os bairros e intensificou as orientações. “Realizamos também algumas ações específicas, em grandes festas, como Carnaval, Forró Caju e Réveilllon, onde recebemos muitas pessoas, assim sempre mapeamos onde acontecerá a festa, e aplicamos inseticidas em forma de fumacê para matar o mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Nestas festas, sempre se concentram um grande número de pessoas em diversos pontos da cidade e turistas, e com a aplicação do fumacê Costal podemos proteger a população e prevenimos que eles adquiram as doenças que são transmitidas pelo mosquito”, afirmou.