Saúde promove Fórum Perinatal para discutir pré-natal acesso com qualidade em Aracaju

Saúde
08/02/2019 17h59

Com o objetivo de discutir sobre o pré-natal, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou, na manhã desta sexta-feira, 8, o Fórum Perinatal. O encontro aconteceu na sede da SMS e reuniu representantes de instituições que compõem a rede em Aracaju, movimentos sociais, conselhos, maternidades, associações e comunidade acadêmica. Durante o evento, também foram colocadas em pauta a sífilis e a importância da saúde bucal.

A iniciativa da realização do Fórum traz o intuito, também, de trabalhar as soluções para os problemas de forma pactuada e chamando para cada membro sua responsabilidade. “A ação se constitui em um espaço coletivo, plural, gestor e interinstitucional, onde se firmam acordos éticos com instituições, conselhos e sociedade civil para a promoção da saúde e qualidade de vida da mulher e criança. Neste fórum, pudemos ouvir experiências profissionais, conciliando com a visão da gestão, traçando metas, resoluções dos problemas, suas principais diretrizes e atribuições no que diz respeito ao planejamento, monitoramento, avaliação e gestão dos serviços de saúde em relação ao pré-natal”, explicou o secretário adjunto da SMS, Carlos Noronha.

Segundo a coordenadora do Programa Materno-Infantil da SMS, Priscila Batista, é importante o envolvimento de todos nas discussões para que sejam feitas definições sobre a melhoria da rede de serviços oferecidos a gestantes e crianças. “O fórum tem também um caráter pedagógico de troca de experiências sobre o que é observado no local de trabalho e, assim, pactuar soluções, visando, principalmente, a mudança de indicadores”, declarou.
 
Para e enfermeira do Centro de Especialidades Médicas (Cemar) Sangêla Sumaya Mendonça, o Fórum foi muito importante por gerir as políticas de atenção à saúde das gestantes e recém-nascidos. "Avaliamos os indicadores de Aracaju e dialogamos como melhorar este índice, desde o acolhimento humanizado, garantia de acesso, responsabilização e continuidade do cuidado, até a resolutividade e avaliação contínua, promovendo, além de saúde, a qualidade de vida desse público”, relatou.

Saúde Bucal

Para a coordenadora do Programa de Saúde Bucal, Iucema Santana, a ação foi um espaço de construção. “Apesar dos avanços da odontologia, algumas gestantes acham que o tratamento odontológico deve ser postergado, o que não é verdade, nem aconselhado. O atendimento odontológico nas gestantes é seguro e apresenta muitos benefícios, tanto para a mãe, quanto para o bebe”, relatou.

Sífilis
 
A área técnica do Programa Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais, Marília Uchôa, reforçou a necessidade de se tratar sobre a doença, que, segundo ela, é silenciosa e, às vezes, não apresenta sintomas, apenas uma ferida no órgão genital que não coça, não dói e some, mas a bactéria continua no sangue. “O principal problema é quando a mulher grávida tem a doença, não trata e acaba transmitindo para o bebê. Isso é o que a gente chama de transmissão vertical e essa criança nasce com sífilis congênita. É importante frisar a necessidade de se fazer o pré-natal e que os parceiros também se tratem. No ano de 2018, tivemos 59 crianças, provando que o número de crianças que nasceram com sífilis foi menor que em 2017, onde tivemos 77 crianças. Nossa meta é baixar ainda mais”, disse Marília.