Profissionais da Assistência e da Saúde de Aracaju participam de oficina de Cartografia Social

Assistência Social e Cidadania
14/02/2019 18h31

A Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, ofertou nesta quinta-feira, 14, para aproximadamente 40 profissionais da Assistência Social e da Saúde, uma oficina de Cartografia Social. Realizada na Faculdade Maurício de Nassau, a oficina teve como objetivo capacitar os trabalhadores e instruí-los sobre a importância da utilização do estudo como auxílio na construção de políticas públicas e na oferta dos serviços.

A cartografia social é, na verdade, uma ferramenta formada por um conjunto de estudos construídos de uma maneira coletiva, que tem como proposta fazer um mapeamento de espaços e suas respectivas realidades, apresentando através do apanhado de informações, o cotidiano de determinadas comunidades. Com os dados, é possível que os profissionais estudem as áreas mapeadas e identifiquem as suas necessidades no que diz respeito à atuação da gestão municipal.

De acordo com a gerente da Média Complexidade da Proteção Social de Aracaju, Lucianne Rocha, os dados organizados pela cartografia são necessários, principalmente para fundamentar as intervenções necessárias, relacionadas à oferta dos serviços essenciais. “A intenção é de conversar acerca das necessidades que temos de trabalhar o território dentro de todas as suas especificidades, potencialidades e dificuldades. Trazer o profissional para o entendimento de que precisamos analisar o território e produzir dados que vão fundamentar as intervenções diante daquilo que é prioritário a partir das vulnerabilidades sociais que são apresentadas e instrumentalizar as equipes no que se refere às suas ações. Todas essas informações adquiridas são muito relevantes para as políticas públicas porque é a forma que temos de alcançar todas as vulnerabilidades sociais que não chegam até o equipamento”, pontuou.

Segundo o educador social e professor de Geografia, George Costa, que foi responsável por ministrar a oficina, com o estudo é possível identificar e mapear as vulnerabilidades existentes nos territórios, a exemplo de casos de violações de direitos, trabalho infantil e situação de rua e, a partir daí, construir possibilidades de atuação. “A ideia aqui foi, realmente, trazer a proposta da cartografia, explicar o conceito e tentar, em forma de oficina, construir mapas que demonstrem as principais potencialidades e vulnerabilidades encontradas nos territórios nos serviços específicos que oferecemos. Com ela, é possível identificar problemáticas e potencialidades e atuarmos em cima disso”, explicou.

Participaram da oficina, profissionais que atuam no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social, Consultório na Rua e Programa de Redução de Danos (PRD). O coordenador do Centro Pop, Edilberto Souza, acredita que a capacitação foi relevante e contribui de maneira significativa na melhoria da oferta das políticas públicas. “Quando a equipe ganha essa formação para ter mais um elemento metodológico para garantir a oferta dos serviços à população é muito importante. A cartografia é um material de construção coletiva, participativa e, acima de tudo, crítica, que envolve a participação de técnicos, educadores, coordenadores e, principalmente, dos usuários que são atendidos pelas políticas públicas. Um material que podemos aproveitar bastante em busca da melhoria dos nossos serviços”, ressaltou.