Apresentação musical marca celebração dos dez anos da CCTeca

Educação
24/03/2019 07h17

Cerca de 150 pessoas lotaram, na noite deste sábado, dia 22, o salão principal da Casa de Ciência e Tecnologia da Cidade de Aracaju (CCTeca) Galileu Galiei, localizada no Parque da Sementeira. Ao som do grupo musical Renantique, os convidados celebraram o papel que o espaço tem desempenhado há uma década: de promover o conhecimento científico. Acompanhado da secretária da Educação de Aracaju, Maria Cecília Tavares Leite, e do diretor do Departamento de Educação Básica (DEB), professor Manuel Prado, o coordenador da unidade, professor Augusto César Almeida, deu as boas-vindas aos convidados.

“Já recebemos mais de 170 mil visitantes nestes dez anos. E para celebrar o marco – o espaço foi inaugurado no dia 22 de março de 2009 -, promovemos esta noite cultural. Neste período, buscamos possibilitar e democratizar o ensino da ciência no nosso Estado, nas redes pública e privada. Também estimulados o turismo científico, inclusive já recebemos visitantes de várias partes do mundo”, observou o coordenador. Ele lembrou que a CCTeca abriga o primeiro planetário digital do Brasil e que este ano, em fevereiro, recebeu o Selo de Divulgação Científica da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB).

Para a secretária Maria Cecília, a noite foi, de fato, de celebração. “Temos que festejar os dez anos da CCTeca e fazer isso ao som do Renantique é algo simbólico, pois cada apresentação deste grupo de músicos é uma aula sobre uma variada gama de assuntos, sobre uma história que é feita de rupturas e continuidades. E eu penso como o processo de aprendizado se torna mais simples quando a gente cria sentido. E é isso que esses músicos fazem e também o que o professor Augusto e sua equipe fazem. A nós, cabe a missão de amplificar ainda mais esse trabalho, fazer com que ele chegue a todos os alunos de todas as nossas escolas”, disse.

Segundo o diretor do DEB, no contexto atual do país, torna-se imprescindível apoiar a manutenção da Casa de Ciência e Tecnologia. Para ele, a solenidade deste sábado cumpriu dois papéis fundamentais: reatou o laço da casa com a rede educacional, pois, segundo ele, a CCTeca é, sobretudo, uma casa de educação; e também relembrou o grande objetivo do funcionamento do local.

“O de incentivar e, ao mesmo tempo, de despertar o interesse das nossas crianças e jovens pela ciência e pela tecnologia, porque aqui ela materializa uma série de importantes conceitos que as escolas discutem no cotidiano e que está previsto no currículo das unidades de ensino. Então, é duplamente importante comemorar e pensar como todos nós podemos – a Secretaria Municipal da Educação, a Prefeitura de Aracaju e parceiros – contribuir para que esse espaço qualifique cada vez mais o seu trabalho para continuar impulsionando o conhecimento”, avaliou.

Estrutura

Mantida pela Secretaria Municipal da Educação (Semed), a Casa de Ciência conta com 111 experimentos didáticos e interativos, elaborados especialmente para o ensino de Física, Matemática, Química, Informática, Biologia, Astronomia e ciências em geral. De acordo com o diretor, o espaço é dividido entre o planetário, que simula as imagens de uma viagem no universo, e a experimentoteca, onde ficam os equipamentos diversos. 

O planetário foi o primeiro digital do Brasil. Nele é possível fazer uma viagem desde o sol, passando pelo sistema solar até buracos negros. Com seis metros de diâmetro, ele tem uma sala climatizada com 32 poltronas. O planetário possui também no seu corredor uma galeria de fotos com paisagens cósmicas que foram doadas para todos os planetários, centros de ciência e clubes de astronomia do Brasil.

A experimentoteca engloba os 111 equipamentos, alguns localizados na área externa e a maioria na área interna da CCTeca. Entre as atrações desta área há a sala de Matemática e sala de Astronomia, onde é possível fazer uma viagem sobre a história, mostrando como surgiu a conquista espacial, a exemplo do Disco de Newton, do Painel Solar, da Bicicleta Geradora de Eletricidade, do Anel Saltador ou Anel de Thompson, da Torre de Hanói, de uma réplica do Satélite de Sputink 1, além do cheiro da lua.