Emef Jaime Araújo contribui há quase 20 anos com formação da população do bairro Soledade

Educação
03/04/2019 10h11

Há 19 anos, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Deputado Jaime Araújo faz a diferença para os moradores do bairro Soledade, na zona Norte de Aracaju. Sendo a maior unidade pública de ensino da comunidade, atualmente, a Emef conta com mais de 900 alunos matriculados e oferece todos os anos do Ensino Fundamental, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Fundada em 2000, a Emef está situada na avenida Benjamim Constant, a principal do bairro. O espaço físico da instituição conta com 13 salas de aula, biblioteca, sala de recursos multifuncionais, quadra coberta, sala de arquivo, sala de vídeo e refeitório. Já tradicional na zona Norte, a Emef Jaime Araújo também recebe alunos de outros bairros, como Lamarão, 18 do Forte, Cidade Nova e Santos Dumont.

Atendendo alunos a partir dos 6 anos de idade, quando ingressam no primeiro ano do Ensino Fundamental, até idosos, através do Programa de Aceleração do Ensino de Jovens e Adultos (Paeja), a Emef funciona nos três turnos. “Cada aluno é um ser diferente, cada um traz um costume, um comportamento e precisamos estar a atentos a tudo isso. A presença desta escola aqui na Soledade é uma possibilidade de avanço social para estes alunos. As pessoas costumam associar crescimento social com consumo, mas o desenvolvimento intelectual é o principal avanço. Quando a gente estuda, aprende a pensar, a proferir argumentos substanciais, não meras opiniões”, assegura o diretor da unidade, professor José Marques Vieira Macedo, que está na Emef há cinco anos, antes como diretor adjunto e, agora, após a Lei da Gestão Democrática, eleito como diretor-geral da escola.

O cuidado com os alunos é constante, da entrada à saída. Tanto no período em que estão na escola quanto no período em que não estão, a atenção com os estudantes é mantida por toda equipe diretiva. “O recreio daqui é programado. É um recreio em que eles tanto se alimentam, quanto aprendem a comer da forma correta. No sistema capitalista, nos induzem a comer muito rápido e aqui orientamos a forma correta da mastigação, da higiene e até do uso do talher, e também orienta-se sobre o respeito aos colegas na fila do lanche”, explica o diretor José Marques.

A relação com a comunidade também vai além dos muros da escola. “Quando notamos queda na frequência de algum aluno, convocamos os pais para reunião e, quando eles não comparecem, vamos até a casa do aluno para ver o que está acontecendo. Sabemos que, muitas vezes, os pais têm uma carga de trabalho longa e não conseguem ir até a escola para acompanhar o desenvolvimento escolar do seu filho, por este motivo, reservamos esta atenção” completa o diretor.

Para quem trabalha na Emef, é notável o orgulho em fazer parte de uma instituição que faz a diferença. Esse é o caso do professor Gibaldo Souza Santos, que está há quatro anos na escola. “Escolhi trabalhar aqui porque a escola tem uma estrutura física excelente. O espaço de convivência é um convite ao processo de ensino-aprendizagem e a equipe de professores e a coordenação pedagógica são maravilhosas. A Prefeitura nos dá o suporte necessário para as nossas demandas diárias, e também tem se preocupado colocando a Guarda Municipal para fazer nossa segurança. Também tem a manutenção da avenida Euclides Figueiredo que, quando chovia, a água descia para a avenida da escola e formava enormes poças aqui na frente, o que dificultava o acesso dos alunos. Isso hoje não existe mais”, afirma o professor Gibaldo.

Além do ensino e da estrutura física, a Emef ainda oferece meios para permanência dos alunos. “A merenda da nossa escola é de excelente qualidade e eu sempre digo aos alunos que as merendeiras acrescentam pitadas de amor e carinho e que eles não precisam trazer lanche de casa. A Semed também disponibiliza transporte para os alunos que moram no Lamarão e estamos conseguindo ônibus para os alunos que moram no loteamento Senhor do Bonfim, uma área mais afastada da Soledade, tudo para que nossos estudantes tenham acesso à escola”, finaliza o professor Gibaldo.