Participação da sociedade foi destaque durante a Conferência Municipal da Saúde

Agência Aracaju de Notícias
15/04/2019 17h10

Durante os dias 11 e 12 deste mês, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em parceria com o Conselho Municipal da Saúde (CMS), realizou, na Universidade Federal de Sergipe (UFS), a 11ª Conferência Municipal da Saúde, evento que reuniu usuários, trabalhadores da área e gestores para debater o tema central ‘Democracia e Saúde: Saúde como Direito e Consolidação e Financiamento do SUS’, dividido em três eixos temáticos: Saúde como Direito; Consolidação dos Princípios do SUS; Financiamento Adequado e Suficiente para o SUS. O evento faz parte das discussões para a 16ª Conferência Nacional, que envolve ainda a etapa Estadual. 

Presente durante a conferência, a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, ressaltou o momento atual e como as conferências podem auxiliar na busca por soluções. “É preciso debater os principais problemas que vivenciamos hoje para melhor entendermos as necessidades e, principalmente, como vamos solucionar essas questões. Estamos passando por um momento de retenção, quando os recursos para a saúde foram reduzidos. Por isso, temos que encontrar medidas criativas para não deixar a Saúde municipal em dificuldades maiores. Além disso, essas conferências servem para abrir perspectivas de garantia de direito à saúde de todos”, frisou. 

Entre todos os municípios brasileiros, Aracaju tem um diferencial. Somente a capital sergipana possui conferências locais, ou seja, em cada localidade onde existe uma das 44 Unidades Básicas de Saúde (UBS), existiram discussões sobre propostas para os temas debatidos neste ano, um diferencial que significa também um marco para a cidade. 

“Fomos buscar, dentro de cada unidade de saúde, propostas. Foi como uma peneira. Fomos lá, com cada trabalhador, cada usuário, entender cada necessidade, até as mais simples. Foi um momento importante porque pudemos, não só ouvir queixas, mas, sobretudo, pessoas da sociedade que tinham propostas para oferecer, propostas que refletem, de fato, a realidade que vivemos hoje na saúde da nossa cidade. Mais de oito mil pessoas participaram dessas conferências. Com essas discussões locais, Aracaju se torna um marco e um exemplo para outros municípios porque também mostrar o interesse da gestão em desenvolver a saúde em nossa cidade”, afirmou o presidente do Conselho Municipal da Saúde, Augusto Couto. 

Para o conselheiro gestor e membro da comissão organizadora da conferência, Luiz Cláudio Soares, a Saúde, assim como os demais eixos da sociedade, precisa ser trabalhada de maneira conjunta. “Essas conferências têm essa significância, já que atuam os governos Municipal, Estadual e Federal juntos. É preciso que façamos o SUS [Sistema único de Saúde] funcionar e isso só acontecerá se estivermos em consonância. A conferência teve uma diferencial que nos chamou a atenção que foi a participação da sociedade. Superou as expectativas. Isso foi fruto do trabalho de mobilização que foi feito pelo Conselho junto à SMS, nas conferências locais. Essa mobilização é essencial porque a Saúde não é feita somente pelos gestores, mas, sobretudo, pela sociedade em geral”, destacou. 

Participaram da Conferência Municipal de Saúde 176 delegados eleitos nas conferências locais; 80 delegados natos, que são os 40 conselheiros municipais de saúde titulares; 40 conselheiros suplentes e 44 convidados, totalizando 300 pessoas, além dos observadores (estudantes e pessoas da comunidade) que também estiveram presentes. Também foi ofertada uma sala com práticas integrativas e complementares do SUS para os participantes.

Para cada um dos três eixos discutidos, foram selecionadas 20 propostas que serão encaminhadas para a Conferência Estadual que acontecerá em junho.