Prefeitura de Aracaju promove inclusão social e economia solidária através de bazar

Saúde
17/04/2019 11h59

Com a proposta de promover a ressocialização dos usuários sempre de forma criativa e inclusiva, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou, na manhã desta quarta-feira, 17, um Bazar com produtos confeccionados pelos usuários da Rede de Atenção Psicossocial (Reaps), no auditório da SMS. Chocolates, trufas, artesanato e caixas foram alguns dos itens confeccionados nas oficinas de terapêuticas dos Caps e Unidade de Acolhimento da Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) de Aracaju, e que foram comercializados no bazar, que tem a renda revertida na compra de mais materiais para serem utilizados nas oficinas e também para renda própria dos usuários.

De acordo com a coordenadora da Reaps, Chenya Coutinho, a ideia é implantar a economia solidária, através da aquisição de recursos com a comercialização dos produtos confeccionados e melhorar a autoestima dos usuários. “Promover a reabilitação psicossocial e a valorização do sujeito no meio social em que ele vive é um dos intuitos principais de ações como essa. O bazar é mais uma iniciativa de produção de autonomia, de valorização e do exercício da cidadania, pois, através dele, conseguimos proporcionar um momento de convivência entre os usuários e de articulação com a comunidade. Em todas as nossas ações buscamos aplicar um sentido terapêutico e, hoje, é possível ver alguns usuários na posição de artistas, artesãos e até de vendedores”, explicou.

Ainda segundo Chenya, a interação social é estimulada em cada etapa do processo de confecção e não apenas nos dias do evento. “O dinheiro arrecadado no nosso bazar não é o que realmente importa. O que é importante mesmo é a forma que a gente consegue inserir nossos usuários dentro desse contexto de poder comprar e escolher o que eles gostam. O nosso principal objetivo é amenizar e tratar as crises dos usuários para que eles possam recuperar a autonomia e serem reinseridos nas atividades cotidianas”, argumentou a coordenadora. 

Importância

Foi nas oficinas terapêuticas que a usuária do Caps Liberdade, Nilda de Oliveira, levou para o bazar os chocolates e trufas que confecciona com muito orgulho. “Estou muito feliz de estar aqui expondo o meu trabalho que é fruto não somente do meu esforço pessoal, mas também de todo o apoio que recebo da equipe do Caps. Além disso, é também uma oportunidade de diminuir o preconceito que sociedade ainda tem com nós, que somos usuários do Caps”, afirmou.

O usuário do Caps AD Primavera, Adriel dos Santos, afirma que o trabalho desenvolvido pelo município o ajudou a encontrar forças para seguir a vida. “A fabricação do artesanato me salvou porque me livrei de coisas ruins. As oficinas terapêuticas são uma peça muito importante para a minha salvação. O bazar é realmente uma grande ajuda, pois acaba ajudando na renda familiar”, revelou Adriel dos Santos, do Caps AD Primavera.

Já para o usuário José Henrique Vieira, do Caps Ivone Lara, a oficina é revigorante. “Quando chego lá me sinto útil e feliz, além de gerar rendimento com o bazar e ajudar minha família. Eu gosto de ensinar aos meus colegas do Caps o que sei fazer, para que eles também possam ter uma renda extra e estas oficinas nos ajudam a crescer e a progredir cada vez mais como cidadãos”, reconheceu.