O momento mais importante para uma mãe, que é a hora do nascimento do filho, é também um período cercado de muita insegurança e dúvidas. Com o objetivo de ter um olhar ampliado para a gestante neste momento, foi realizada nesta quarta-feira, 22, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Marx de Carvalho, Ponto Novo, uma reunião com representantes da Associação Sergipana de Doulas (Asdoulas) para esclarecer dúvidas.
Segundo a coordenadora do Serviço Social da Secretaria Municipal da Saúde, Sindaya Belfort, esta ação faz parte de uma agenda da Asdoulas com algumas UBS que possuem grupos de gestantes. Na última terça-feira, 21, aconteceu na UBS Dona Jovem, e as próximas a receberem a Associação serão as UBS Dona Sinhazinha, Walter Cardoso, Hugo Gurgel, Amélia Leite e Osvaldo Leite.
"Nas reuniões são discutidas questões da maternidade como medo da dor na hora do parto e outras inseguranças. Histórias de vida são acolhidas e compartilhadas. Todos esses sentimentos são acolhidos, dúvidas esclarecidas, mas principalmente, oferta-se cuidado que vai para além das consultas e exames. Cada grupo é diferente porque temos mulheres com idades e experiências bem distintas. Sabemos que não nascemos mães, vamos aprendendo no caminhar", enfatizou Sindaya.
De acordo com a assistente social da UBS, Mary Nadja Aragão Oliveira, a Marx de Carvalho tem dois grupos de gestantes, um do bairro Ponto Novo e outro do Luzia. Cada grupo tem no mínimo um dia por mês para se reunir com as gestantes.
"Com o apoio do Programa Municipal de Saúde da Mulher as doulas passaram a participar destas reuniões e isso é essencial para que as mães conheçam o trabalho realizado por elas. Temos aqui duas gestantes adolescentes que farão o primeiro parto, então é uma forma delas se sentirem mais seguras e mais tranquilas. Foi uma ação muito boa que veio pra somar às ações dos nossos grupos, foi uma experiência bem rica e interessante", ressaltou a assistente social.
"Gostei bastante das explicações, passei a minha experiência de vida, pois estou na minha terceira gestação, o meu primeiro parto foi bastante traumático, apesar de ter sido normal, na segunda gravidez tive problemas na gestação e o meu parto foi cesariana, agora estou mais tranquila, porque tirei muitas dúvidas e posso até fazer o parto normal e com uma doula na hora do parto é muito bom porque nos sentimos mais cuidadas", disse a confeiteira Janice Rodrigues, oito meses de gestação.
Para a enfermeira e vice-presidente da Asdoulas, Cláudia Fernanda Soares, foi uma reunião muito produtiva. "Tiramos algumas dúvidas, falamos um pouco sobre o que a doula faz e como fazemos para aliviar a dor durante o trabalho de parto. É importante ouvir e dirimir as dúvidas das gestantes, pois o medo da dor e do parto sempre existe, mesmo nas mães que já passaram pela experiência", explicou.
