Dia Mundial sem Tabaco: Prefeitura oferece tratamento para quem deseja parar de fumar

Saúde
31/05/2019 14h35

Nesta sexta-feira, dia 31, é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco. A data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem como objetivo fazer um alerta aos fumantes, em relação aos riscos do cigarro. Para auxiliar este processo, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realiza, desde o ano de 2011, o Programa Nacional de Controle de Tabagismo do Ministério da Saúde, desenvolvido pelo Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) Augusto Franco.
 
O serviço já beneficiou centenas de pessoas e ressalta, em seu lema, que a vontade de parar de fumar é o primeiro passo para o sucesso do tratamento. No ano de 2018, foram acolhidos 170 usuários em entrevistas motivacionais, além de 219 usuários atendidos em grupos terapêuticos. “Nestes grupos de apoio, os pacientes podem conversar sobre suas histórias de vida e trocar experiências que os aproximem. Este ano, até agora, acolhemos 30 usuários em entrevistas motivacionais, e mais 30 em grupos terapêuticos”, explicou a gerente do Programa de Tabagismo, Maria Nazaré Gomes.
 
Como funciona

A gerente também esclareceu como funciona o Programa de Tabagismo e quais os requisitos necessários para participar da atividade. "Ajudamos muitas pessoas a tratar esta doença. É uma procura totalmente espontânea e não requer que o solicitante apresente um encaminhamento médico. Só é necessário, antes de tudo, que o paciente tenha força de vontade, seguida do porte do cartão do SUS e algum documento de identificação. As inscrições são realizadas no Cemar Augusto Franco, das 14h às 17h, de segunda à sexta-feira”, esclareceu.
 
A médica pneumologista do Cemar, Ana Paula Argolo, ressalta o alerta de que é muito importante que o fumante procure o tratamento por livre e espontânea vontade, para que os resultados sejam alcançados com mais facilidade. “Os grupos de apoio e os remédios oferecidos servem apenas como um respaldo para se alcançar a libertação da dependência, sendo a força de vontade a principal aliada de cada um nessa jornada. Durante o tratamento, os participantes recebem um suporte medicamentoso para que consigam evitar as recaídas, que são comuns nesses casos. O serviço de apoio do programa é voltado também para as pessoas que já fizeram outros tratamentos para parar de fumar e não obtiveram êxito”, falou.
 
Saúde Bucal 

Durante os encontros do grupo, vários temas relacionados são tratados. Uma das últimas palestras foi com a coordenadora do Centro de Especialidade de Odontologia (CEO), Fernanda Albuquerque Cabral, que tratou sobre o tema 'Descubra como sua boca se recupera quando você para de fumar'. “Dentes pretos, manchados, mau hálito, gengiva inflamada, lesões na língua e com o tempo os dentes ainda ficam moles. Isso acontece por que a fumaça inalada deixa a temperatura da boca quente. Quando se faz tratamento para a doença periodontal, em cerca de três dias já podemos perceber uma melhora no hálito. Logo após a primeira semana sem o hábito de fumar, o paciente já passa a sentir melhor o sabor dos alimentos e bebidas, pois o organismo promove a renovação celular dos tecidos da língua e o sabor do tabaco já não se mistura com o dos alimentos”, enfatizou a coordenadora.
 
Esse é o caso do paciente Ricardo Batista, que fumou durante muitos anos e decidiu buscar o serviço este ano, confirmando a eficácia do tratamento. "Iniciei o tratamento e estou conseguindo abandonar o cigarro. Agradeço muito ao programa por ter me dado a oportunidade de ter uma vida mais saudável. Estou vencendo o tabagismo. Além de melhorar minha saúde, melhorei minha autoestima, diminui meu stress e cansaço", comemora o ex-fumante.
 
Sobre o programa

Os encontros do Programa de Tabagismo são quinzenais, de aproximadamente oito semanas e envolvem a terapia cognitivo-comportamental. O que parece ser só um grupo de apoio, na verdade, é um grupo de tratamento que utiliza técnicas dessa terapia para ajudar os participantes a pararem de fumar, que é um grande desafio para quem criou a dependência do hábito ao longo do tempo. Levando em consideração que a situação se torna ainda mais delicada quando o fumante não recebe apoio para abandonar o vício.