Com o objetivo de discutir sobre a maternidade e histórias do parto, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou, nesta sexta-feira, 7, o Fórum Perinatal. O encontro aconteceu na sede da SMS e reuniu representantes de instituições que compõem a rede em Aracaju, movimentos sociais, conselhos, maternidades, associações e comunidade acadêmica.
A iniciativa da realização do Fórum também foi motivada para trabalhar as soluções de problemas de forma pactuada e chamar cada membro à responsabilidade. Segundo a coordenadora do Programa Saúde da Mulher SMS, Cristiani Ludmila Borges, é importante o envolvimento de todos os profissionais e setores nas discussões para que sejam feitas definições sobre a melhoria da rede de serviços oferecidos a gestantes. “O momento mais importante para uma mãe é a hora do nascimento do filho. Também é um período cercado de muita insegurança e dúvidas. Por isso, estamos aqui reunidos para transformar este período no mais aprazível possível para as gestantes e sua família. As mães precisam sentir que são cuidadas, com afeto e amor, e, para isso, elas precisam ser atendidas com qualidade desde o pré-natal, ao parto e seu puerpério”, esclareceu.
Ainda segundo Ludmila, a ação se constitui em um espaço coletivo, plural, gestor e interinstitucional, onde se firmam acordos éticos com instituições, conselhos e sociedade civil para a promoção da saúde e qualidade de vida da mulher e da criança. “O Fórum tem também um caráter pedagógico de troca de experiências sobre o que é observado no local de trabalho. Assim, conseguimos pactuar soluções visando, principalmente, a mudança de indicadores. Também ouvimos experiências profissionais, conciliando com a visão da gestão, traçando metas, resoluções dos problemas, diretrizes e atribuições no que diz respeito ao planejamento, monitoramento, avaliação e gestão dos serviços de saúde em relação à maternidade”, explicou a coordenadora.
Os participantes também falaram sobre as novas recomendações de cuidados com gestantes e bebês e, para isso, a participação da Associação Sergipana de Doulas de Sergipe neste processo também foi muito importante. "Foi um momento para conversarmos sobre as novas recomendações do cuidado à gestante da Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, pré-Natal e parto baseado em evidências científicas, boas práticas no parto e nascimento”, enfatizou a representante da Associação, Cláudia Fernandes Soares.
Público
Para o professor da Universidade Tiradentes (Unit), Max Oliveira Menezes, a ação foi um espaço de construção. “Estamos vivenciando mudanças nas práticas obstétricas. Aqui, estamos resgatando e valorizando a assistência, do pré-natal à alta complexidade. Hoje, estamos fazendo o resgate das boas memórias no que diz respeito ao nascimento, e nada mais oportuno do que trabalhar a técnica, a parte assistencial e o aspecto lúdico, que traz um resgate à humanização, tão importante e significativo na vida da mulher”, declarou.
Para a coordenadora da residência de enfermagem obstétrica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Zaira Freitas, o Fórum foi muito importante porque é responsável por gerir as políticas de atenção à saúde das gestantes e recém-nascidos. "Avaliamos os indicadores de Aracaju e dialogamos como melhorar este índice, desde o acolhimento humanizado, garantia de acesso, responsabilização e continuidade do cuidado, até a resolutividade e avaliação contínua, promovendo, além de saúde, a qualidade de vida desse público”, relatou.
Já para a fisioterapeuta da Maternidade Santa Isabel, Ayglê Oliveira, estes encontros são bastante produtivos. “Nestas reuniões discutimos questões da maternidade e tentamos dirimir todas as dúvidas na hora do parto. Aqui, acolhemos e compartilhamos histórias de vida”, disse.
