Prefeitura trabalha para prevenir e manter erradicadas doenças em Aracaju

Saúde
10/06/2019 09h26

Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de manter as principais vacinas em dia, diminuindo a probabilidade de contrair diversas doenças, como a caxumba, o sarampo, o tétano e a gripe, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), celebrou, no último domingo, 9, o Dia da Imunização.

O Ministério da Saúde em 1973, como meio de lembrar a população da importância das vacinas, criou o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A ideia é estabelecer um calendário nacional de vacinações contra as principais doenças que atingem crianças, jovens, adultos, idosos e gestantes. Na capital, o programa é desenvolvido por meio da Rede de Atenção Primária e tem como uma das principais tarefas reabastecer as Unidades Básicas de Saúde (UBS) com as vacinas que são disponibilizadas pelo Estado. 

“Ao todo, temos 44 salas de vacinação por toda a cidade que funcionam dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Atendemos todas as faixas de idade, com o intuito primordial de prevenir e evitar que, por exemplo, doenças já erradicadas voltem a ser um problema", afirmou a coordenadora do Programa de Imunização da SMS, Ilziney Simões.

Para a coordenadora, a saúde pública brasileira tem o privilégio de ter o Programa Nacional de Imunizações, que é reconhecido internacionalmente pelos resultados significativos na prevenção de doenças imunopreveníveis. "Graças ao PNI, temos um calendário vacinal robusto e que todas as idades, para garantir que muitas doenças imunopreveníveis permaneçam sob controle. Porém, faz-se necessário o protagonismo da população no que se refere ao autocuidado na prevenção de doenças. Garantir a situação vacinal atualizada é primordial", destacou.

Quando se fala em Campanha, não é apenas o ato de vacinar, mas também todo um processo de conscientização e instruções que é passado para a população. É muito importante que, além das pessoas se protegerem, elas saibam a razão pela qual se vacinam e, assim, possam passar a informação para outra, dando seguimento ao alerta.

Projeto Corujinha

Foi com o foco na manutenção da saúde de recém-nascidos (RNs) e com a estratégia de diminuir a mortalidade infantil, que surgiu o Projeto Corujinha em Aracaju, vinculado ao Programa da Saúde da Criança, do Adolescente e do Jovem (PSCAJ), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o projeto atua em duas maternidades públicas da capital e garante que todos os RNs vivos e com peso ideal saiam delas com as duas primeiras vacinas do calendário já tomadas, que são a BCG e primeira dose da hepatite B. O projeto atua diariamente, de domingo a domingo, com 13 auxiliares de enfermagem nas maternidades Nossa Senhora de Lourdes e Santa Isabel, trabalhando para fornecer aquilo que é de direito de toda criança.

"O SUS fornece as vacinas gratuitamente e o que fazemos é facilitar o acesso a essas substâncias que as protegem contra as formas mais graves de tuberculose, no caso da BCG, e contra a hepatite B. O projeto desenvolvido em Aracaju é pioneiro no país e, além de garantir a vacinação, também realiza um trabalho de apoio às mães, dando orientações pertinentes a respeito das próprias vacinas, amamentação, cuidados com o umbigo do bebê, entre outras informações que elucidem questões voltadas para os primeiros meses de vida da criança", disse a técnica do PSCAJ, Ana Elisabete Silva. 

Durante o ano, duas campanhas são realizadas com maiores proporções. No primeiro semestre, o MS, juntamente com as secretarias da Saúde dos municípios, realiza a Campanha de Vacinação Contra a Influenza ou campanha contra a gripe que, neste ano, aconteceu entre os dias 10 de abril a 31 de maio. Já agora no segundo semestre, as ações se voltam para a Campanha de Multivacinação.

Histórico

A primeira vacina de imunização foi criada pelo médico britânico Edward Jenner, em 1876, que descobriu como imunizar as pessoas expostas ao vírus da varíola. As vacinas são produzidas com propriedades dos próprios vírus causadores das doenças, a maioria em estado inativo. Quando entra em contato com o organismo, o corpo produz anticorpos para combater o agente invasor. Assim, quando a pessoa é exposta aos vírus de determinada doença, o seu corpo já terá anticorpos para evitar a contaminação.