O Forró Caju é o maior evento do estado, o que projetou o nome de Sergipe para o restante do Brasil e até para outros países. Para o sucesso de cada noite de programação artística do festejo, existe uma preparação que começa muito antes da primeira banda subir ao palco. São os profissionais que atuam nos bastidores e longe dos holofotes os principais responsáveis por garantir a organização e a tranquilidade do evento.
Em sua 24ª edição, o Forró Caju conta com 30 atrações, somente no palco principal, o Luiz Gonzaga, fluxo que envolve o trabalho de diversos profissionais com um só objetivo: fazer chegar ao público o melhor da tradição nordestina. O Forró Caju 2019 é uma realização da Prefeitura de Aracaju, com o patrocínio do Ministério do Turismo.
Quase escondida em seu local de trabalho, atrás do palco principal, a bombeira civil Riane Silva tem apenas seis meses de formação profissional na área, porém, carrega a responsabilidade de estar atenta ao que poucos conseguem observar. São os itens de segurança, nos mínimos detalhes, que chamam a atenção da profissional. Ela, que já teve a experiência de atuar em outro grande evento junino em Aracaju, entende a importância do que faz.
“Não estamos apenas atentos aos sinais de fogo, como muitos pensam. Nosso cuidado é com diversos itens na estrutura dos palcos. Tudo tem que ser checado com extremo cuidado porque lidamos com vidas. É muita responsabilidade, mas também é uma satisfação muito grande poder trabalhar no Forró Caju”, contou Riane que, na festa, se soma a uma equipe composta por outros 40 bombeiros civis.
A cada noite de festa, a praça de eventos Hilton Lopes, local de realização do evento, recebe o público com a limpeza de seus espaços em ordem. Antes e depois da festa, os profissionais das equipes de limpeza têm o cuidado de deixar o espaço limpo para receber sergipanos e turistas. Gari há dois anos, Robson Santos confessa que existe muito trabalho, mas, também sobra um tempo para diversão.
“Eu gosto muito do Forró Caju e sempre me animo quando posso trabalhar pela festa. Não deixamos nosso serviço parar, mas, dá tempo de ver um pouco dos shows. Gosto de ver tudo limpinho, até porque minha família também vem aproveitar a festa”, revelou o gari.
Bem no centro da festa, de frente para o palco principal, o técnico de som Ricardo Abraão, mesmo estando, literalmente, no meio do público, muitas vezes não é notado. Entretanto, ele chega, às 13h e só sai depois da 4h da madrugada, quando todo o equipamento é desmontado. “Tenho 20 anos de profissão, o mesmo tempo que tenho trabalhando no Forró Caju. Para mim, é sempre uma satisfação imensa trabalhar nessa festa porque é o nosso evento mais famoso e importante. Sei reconhecer a importância do meu trabalho e me sinto orgulhoso por estar aqui a cada noite de show. Além de gostar da festa, ainda ganho um dinheirinho extra, ou seja, tudo conta a meu favor”, destacou.
É para cuidar da saúde dos forrozeiros que a equipe do posto médico está sempre alerta a cada noite de festa. Antes mesmo de prestar socorro, o trabalho de médicos, enfermeiros e técnicos é orientar. “Nosso trabalho é aquele que seria melhor se não tivesse que ser feito porque nunca é bom ter problema com a saúde, no entanto, nossa atuação é extremamente importante e temos consciência disso. Por isso, toda a equipe tem muita responsabilidade e cuidado com o que faz. Eu, particularmente, já atuei em outros grandes eventos, mas, o Forró Caju exige uma atenção maior pela proporção que ele tem. Faço o meu trabalho com muita responsabilidade e satisfação”, ressaltou o enfermeiro Luciano Queiroz.
Atrás dos palcos, umas das pessoas que está à frente das saídas de emergência é uma mulher. Vinda do Estado de São Paulo, Janaildes dos Santos está tendo a sua primeira grande experiência profissional no Forró Caju. “Quem me vê trabalhando no apoio da festa imagina se uma mulher consegue dar conta. Posso garantir que consegue. O Forró Caju é como minha porta de entrada em Aracaju e, para mim, tudo é muito grandioso, porém, é uma alegria muito grande poder trabalhar na festa, principalmente por saber que sou uma das responsáveis por fazer chegar muitos dos equipamentos, da alimentação e suporte que existe por trás dos palcos”, frisou.
