Obra de mobilidade na Beira Mar segue em ritmo avançado e já restaurou 4,5km da via

Obras e Urbanização
03/07/2019 16h36

Realizada pela Prefeitura de Aracaju, a obra de restauração do pavimento da Avenida Beira Mar, que compreende o trecho que vai desde o Terminal de Integração do Mercado, no Centro, ao Terminal da Zona Sul, no bairro Atalaia, ganha celeridade depois do período de chuvas e após a empresa responsável pela execução dos serviços ser notificada pela gestão municipal para agilizar a continuidade de umas das etapas do projeto, que consiste no recapeamento da via.

Nesta quarta-feira, 3, àqueles que transitaram pela avenida Ivo do Prado, sentido norte/sul, pode perceber a movimentação de aproximadamente 30 operários, máquinas de grande porte, caçambas, rolo compressor e máquinas de varrição para recolher o material fresado e outros equipamentos utilizados na aplicação, compactação e nivelamento de uma nova camada asfáltica na via. Durante o dia, mais de 200 toneladas de asfalto foram aplicadas em um trecho de pouco mais de 1 km. Com isto, já passam dos 4,5 km a parte já revitalizada de toda a avenida, somando os dois lados da pista.

Para execução desta obra, que conta com recursos conveniados junto ao Governo Federal, a Prefeitura de Aracaju aplica cerca de R$10 milhões. O projeto executivo inclui o recapeamento de 10 km de via e construção de cerca de 100 rampas para acesso de pessoas com deficiência, calçadas e sinalização vertical e horizontal.

Esta obra integra o Plano de Mobilidade Urbana projetado pela gestão municipal e contempla, também, a instalação de 150 novos abrigos de ônibus, a construção de um novo terminal na região dos Mercados, reforma do terminal da Atalaia, implantação de uma Central que acompanhará os novos semáforos inteligentes e a restauração do pavimento de mais três corredores de trânsito.

Embasado por critérios técnicos, rigoroso na fiscalização do andamento da obra e preocupado em não precipitar uma velocidade que provoque rapidamente fissuras no novo pavimento, Sérgio Ferrari, secretário municipal da Infraestrutura, explica os motivos pelos quais o ritmo da obra teve uma ligeira diminuição.

"Primeiro que estamos passando por um inverno chuvoso e isto inviabiliza a aplicar o Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), que como nome indica é uma material asfáltico em temperatura muito quente, em um local molhado. Isto prejudicaria a aderência e facilmente poderia se soltar. Assim, preferimos neste período reforçar a drenagem ao logo da via e evitar que logo após o recapeamento haja cortes no pavimento", pontua Ferrari.

Ainda de acordo com o secretário municipal da Infraestrutura, a empresa contratada propôs fazer toda a fresagem da via para adiantar, mas a proposta foi rejeitada. "Uma obra de mobilidade gera no senso comum a sensação de melhorias imediatas e se fizéssemos a fresagem nos 10 km de via poderia gerar desconforto nos transeuntes e preferimos adequar o cronograma para que a cada trecho fresado, imediatamente seja reposto o piso. É isto que vai acontecer a partir de agora e com mais celeridade", confirma.

Reutilização do material fresado

Outro ponto importante desta obra é a preocupação com a sustentabilidade, já que o material retirado na fresagem é encaminhado para a usina de asfalto da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb). Depois de passar por um processo de melhoramento, o material é reutilizado em outros pontos da cidade, a exemplo do ocorre, atualmente, no Anel Viário do povoado Areia Branca, Estrada do Aloque, loteamento Princesa Isabel, bairro Santos Dumont e na Soledade. No total, mais de 2,7 mil toneladas já foram aplicadas nestes locais, confirmando a importância da medida e diminuindo os custos das ações paliativas na recuperação asfáltica.

Nome oficial da Beira Mar

Oficialmente a avenida Beira Mar já não existe. Por conta de sua longa extensão, a Beira Mar, também conhecida informalmente por "Rua da Frente", foi dividida em etapas e passou a ter outros nomes fixados por lei municipal.

Por conta disso, entre o Terminal do Mercado e o Centro Cultural, a via se chama avenida Otoniel Dória; daí até a ponte do Imperador é oficialmente denominada de avenida Rio Branco; na sequência, até o Calçadão da Praia Formosa, chama-se Ivo do Prado; a partir deste trecho é que existia a avenida Beira Mar, mas uma lei municipal de 29 de março de 2016 mudou o nome para avenida Governador Paulo Barreto de Menezes; a partir do cruzamento com a avenida José Carlos Silva até o terminal da Atalaia passa a ser avenida Antonio Alves.