Seminário promovido pela Prefeitura discute avanços e desafios da Abordagem Social de Aracaju

Assistência Social e Cidadania
04/07/2019 16h59

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, em parceria com a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE), promoveu, nesta quinta-feira, 8, o “I Seminário do serviço da Abordagem Social de Aracaju”. O evento, que foi realizado no auditório da OAB, reuniu profissionais dos diversos segmentos que atuam na proteção e garantia dos direitos das pessoas em situação de rua, para discutir sobre a Abordagem Social da capital sergipana, política pública destinada à identificação e direcionamento das pessoas em situação de rua para as políticas públicas, os seus avanços e desafios.


O seminário teve como objetivo fomentar o diálogo acerca do processo dos direitos socioassistenciais das pessoas em situação de rua e mostrar como as equipes da abordagem operam com o intuito de garantir direitos a essa parcela da sociedade aracajuana, através do serviço do Sistema Único de Assistência Social (Suas).


A programação contou com as palestras “Redes integradas no cuidado à população de rua: territórios afetivos e solidários” e “O serviço de abordagem social do município de Aracaju: desafios e possibilidades” e, para encerrar, um debate sobre os assuntos apresentados. O secretário municipal da Assistência Social, Antônio Bittencourt, abriu o evento parabenizando os profissionais que compõe as nove equipes do serviço na capital sergipana.


Para Bittencourt, o momento é uma oportunidade de apresentar à sociedade os resultados e de fortalecer o serviço através das ideias expostas na ocasião. “A abordagem social é uma ferramenta muito importante que nos ajuda garantir e proteger os direitos das pessoas que estão em situação de rua. Essa ocasião foi importante não apenas para explicarmos os diversos motivos que levam as pessoas à ocuparem espaços públicos, por exemplo, mas também para ouvirmos especialistas no atendimento do público e buscarmos experiências que somem as nossas”, pontuou o secretário.


Uma das palestrantes do seminário foi a assistente social e especialista em projetos sociais, Karlene Sampaio, que compartilhou um pouco das suas experiências em ações de atenção e cuidado das pessoas em situação rua. Para ela, o encontro provocou o debate e ajudou a estimular os gestores e profissionais que atuam no segmento.


“A Prefeitura de Aracaju tem feito um belo trabalho e estado presente na vida dessas pessoas. Eu acho que, em espaços como esse, a gente consegue despertar uma semente do querer fazer, do ser capaz de mudar e de repensar o seu fazer. Tivemos um coletivo muito amplo, com diversas instituições, tenho certeza que cada um sairá daqui com o pensamento de que pode fazer diferente, precisa entrar em contato com outras pessoas para buscar alternativas que venham para somar, eu acho que é isso que vale a pena na política pública”, observa.


Para a gerente da Média Complexidade da Proteção Social da Assistência Social de Aracaju, Lucianne Rocha, o evento cumpriu com sua proposta de uma forma muito positiva. “Conseguimos levar para os olhares dos diversos profissionais que não estão diretamente na rua, mas que trabalham no acolhimento dessas pessoas, sobre o lidar da rua, qual o significado das vivências na rua, entre muitas outras coisas. Quem trabalha na rua, falar para que não está lá, diretamente, mas que também recebe esses usuários, surte um efeito construtivo, no sentido de promover a inclusão”, destacou.


Abordagem Social


Atualmente, Aracaju conta com nove equipes compostas por assistentes sociais, educadores sociais e psicólogos da abordagem social, que é da Política Pública de Assistência Social executada com o intuito de identificar famílias ou pessoas em situação de risco pessoal ou social, que ocupam espaços públicos, a exemplo de praças, calçadas, estabelecimentos comerciais, entre outros locais. Por meio da abordagem é possível localizar supostas situações de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, uso abusivo de drogas ilícitas e outras problemáticas.


Após esse processo de identificação, a gestão municipal atua na perspectiva de garantir direitos aos indivíduos que passam por algum desses tipos de violações de direitos, oferecendo acesso às demais políticas públicas da Rede de Proteção e Garantia de Direitos.