Prefeitura de Aracaju divulga resultado do 4º LIRAa e reforça alerta ao combate ao Aedes aegypti

Agência Aracaju de Notícias
12/07/2019 16h09

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), apresentou na tarde desta sexta-feira, 12, os dados do 4º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. O índice de infestação na capital sergipana foi de 2,6, número considerado como de médio risco para o aparecimento de surtos ou epidemias.

Dos 43 bairros, apenas seis (Olaria, José Conrado de Araújo, Industrial, Santo Antônio, Dom Luciano, Pereira Lobo) apresentaram o índice predial acima de 4, considerado de alto risco. Os índices registrados nestes bairros foram de 7,2; 7,2; 7; 7; 4,1 e 4, respectivamente.

A divulgação, realizada no auditório da SMS, no bairro Coroa do Meio, foi feita pela secretária municipal da saúde Waneska Barboza e pela diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, Taíse Cavalcante. O levantamento também apontou que dos 43 bairros da capital sergipana, 13 foram classificados em baixo risco (satisfatório), 24 bairros em médio risco (alerta).

De acordo com a análise, o maior número de focos (mais de 80%) foi identificado em locais como vasos e pratos de plantas, ralos, pias de banheiro, lavanderias, tonéis, baldes e vasos sanitários das residências. Outro dado importante é que nenhum foco foi encontrado em terrenos baldios durante a coleta de materiais.

Waneska Barboza reforça que esses focos precisam ser eliminados pela população. “Nós precisamos que as pessoas entendam que a gente não pode baixar a guarda. A gente precisa entender mais do que nunca que esse é um problema coletivo. Cada um de nós tem que fazer a sua parte para evitar casos confirmados, ou mesmo doenças circulantes e óbitos, como vemos em todo país”, alertou.

Plano de intensificação

No dia 28 de junho, o prefeito Edvaldo Nogueira divulgou o Plano de Intensificação das Ações de Combate ao mosquito Aedes aegypti, que objetiva, principalmente, prevenir e controlar processos epidêmicos e evitar a ocorrência de mortes e complicações derivadas de doenças transmitidas pelo mosquito. A preocupação em baixar esses índices e todo o processo de prevenção faz parte do Planejamento Estratégico da gestão municipal desde 2017.

Dentro do Plano de Intensificação, foram estabelecidas cerca de 20 diretrizes, como a designação de duas equipes de agentes durante a noite, das 19h às 22h, para visitar casas que estavam fechadas durante o dia; visitação de todas as escolas para eliminação dos focos; trabalho de campo em quatro sábados por mês; aplicação do fumacê costal; realização do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) a cada dois meses, como recomendado pelo Ministério da Saúde; realização de mutirões de limpeza; monitoramento quinzenal estratégico dos pontos de proliferação; entre outras

“É importante destacar que esse Plano somente intensifica as ações, pois durante todo o ano a Prefeitura de Aracaju realiza trabalhos constantes e otimizados de combate ao mosquito. De janeiro a junho de 2019, a SMS registrou 11 mutirões aos sábados, 25.097 pneus coletados, 70 dias de aplicação do fumacê costal, oito ações do projeto Canto Limpo, além de 366.564 visitas realizadas pelos agentes de endemias em todos os bairros da capital”, reforçou a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, Taise Cavalcante.

Ciclo

O surgimento das doenças transmitidas pelo Aedes possuem comportamento periódico. A cada quatro anos existe a propensão de existência de surtos. “Estamos em um ano em que a tendência é ter aumento. Temos visto isso no Brasil como um todo e em Aracaju não poderia ser diferente. Porém, pelas ações que desenvolvemos, temos conseguido nos manter com um risco mediano. Não temos risco de epidemia, porém, os casos que vêm aparecendo são casos mais graves”, explicou a secretária Waneska.

A diretora Taíse Cavalcante destacou ainda que a identificação dos casos é fundamental para as ações de combate ao mosquito. “De acordo com a pesquisa que o Laboratório Central faz, a circulação no município é dos vírus da dengue tipo 1 e dengue tipo 2. É importante sabermos qual o tipo e avaliar isso com o resultado do LIRAa para que as ações sejam direcionadas para a problemática que foi encontrada naquele local e que assim possamos evitar que outras pessoas adoeçam”, frisou.

De maneira geral, considerando o número de habitantes da cidade, Aracaju foi classificada com baixa incidência para epidemia, registrando 70,11 casos por 100 mil habitantes, o que não significa que as ações devem diminuir. Pelos números de referência do Ministério da Saúde, até 100 casos por 100 mil habitantes a incidência é considerada baixa. Até 300 casos, média e a partir de 301, alta (epidemia).

Em 2019, já foram realizados três LIRAa. No mês de janeiro, foi registrado um índice de 1,2, em março, que se manteve o mês do anterior. Já em maio, como o previsto, houve um aumento, e o índice foi de 1,8, o que colocou a capital na classificação de médio risco.