Prefeitura de Aracaju dá continuidade à elaboração do caderno curricular das escolas

Educação
13/07/2019 18h17

Centenas de professores da rede municipal de ensino participaram neste sábado, 13, de mais um encontro de formação continuada promovido pela Prefeitura de Aracaju. Os debates giraram em torno da construção dos cadernos curriculares das escolas, que é realizado de forma colaborativa entre os profissionais da Educação. O encontro aconteceu no prédio da faculdade São Luís de França, no bairro Getúlio Vargas.

Com o tema "Ensinar, Aprender e Avaliar", esta foi a terceira oficina realizada pela Secretaria Municipal da Educação (Semed) em que os educadores puderam dar sua visão ao documento que será referência para o documento principal.

Este trabalho que vem sendo desenvolvido pelos professores de Aracaju é decorrente da aprovação, em 2017, da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A partir desse marco, todas as redes estaduais e municipais do Brasil, em regime de colaboração, começaram a construir seus currículos de referência.

A secretária municipal da Educação, Maria Cecília Leite, falou sobre sua experiência com o tema da oficina e da importância em debatê-lo. "Quando se fala em avaliação, voltamos a todos os outros assuntos já discutidos antes. A avaliação é resultante de como me vejo, como me coloco e onde quero chegar neste processo. Avaliar não é passar uma prova para reprovar, vai muito além disso, implica em um diálogo maior. Este é um tema fundamental a ser discutido e a cada encontro eu fico extremamente feliz com os engajamento desses profissionais, que se fazem presente para exercerem seu protagonismo", enfatizou a secretária Maria Cecília Leite.

Os professores que atuam na Educação Infantil e no Ensino Fundamental puderam, a partir das suas realidades vividas em sala de aula, dar suas contribuições sobre as formas de avaliação dos alunos e também da autoavaliação. A coordenadora pedagógica da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Maria Givalda da Silva Santos, professora Clariane Maria Ramos considera a discussão fundamental para aperfeiçoar a avaliação dos alunos.

"Eu vejo a avaliação como uma borboleta, em um processo de transformação. Na Educação Infantil, temos que ter um olhar atento à criança, ver o que ela conseguiu alcançar e o que não conseguiu, e ainda o que a impediu de progredir. Hoje, trabalhando com a BNCC, uma série de competências devem ser observadas, como o desenvolvimento físico e emocional da criança. E nós, professores, também precisamos nos autoavaliar, pois quando um aluno não alcança o objetivo, a dificuldade pode estar tanto neles como em nós também", acredita a professora.

A professora Valdeci Santos, que leciona para o segundo ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Oviêdo Teixeira, tem participado das oficinas promovidas pela Prefeitura e também considera importante a participação dos educadores na construção dos cadernos curriculares. Ela avaliou o tema em questão como fundamental. 

"A avaliação é sempre uma incógnita. Ficamos com a ideia de que estamos colocando o aluno numa caixinha, que ele cabe em uma nota. Não necessariamente, quando o professor avança no conteúdo, o aluno também avança na compreensão e aí, na hora da prova, ele pode se sair mal, mas se é questionado individualmente, com outra abordagem, ele já acerta o que errou anteriormente. Por isso é importante este debate sobre a avaliação, pois acredito que ela deve ser qualitativa e não quantitativa, e estamos aqui hoje para darmos nossas contribuições e ideias", afirma a professora. 

A próxima oficina acontecerá no mês de setembro e terá como tema Educação Inclusiva. "Primeiro, realizamos encontros com palestras e esta já é a nossa terceira oficina, cujo objetivo é que os educadores produzam textos que acrescentem o que eles enxergam como necessário em um documento curricular, afinal eles serão os responsáveis por levar esse currículo para a sala de aula”, explica o diretor de Educação Básica da Semed, professor Manoel Prado.