Otimização dos serviços de limpeza da capital aumentou a resiliência da cidade frente às chuvas

Agência Aracaju de Notícias
17/07/2019 15h01

É durante o período de chuva que os moradores da capital sergipana podem perceber, com maior clareza, o resultado dos serviços de limpeza urbana executados pela Prefeitura de Aracaju. Mesmo com o acumulado de 340mm de chuvas, registrado entre os dias 8 e 12 deste mês, mais que o triplo do volume previsto para o todo o mês de julho, o município suportou bem a intensidade dessas precipitações, com o não alagamento de locais onde esse tipo de ocorrência era histórico.

Isso porque, de forma preventiva, a Prefeitura de Aracaju realiza com regularidade, desde 2017, a limpeza e coleta de lixo da capital e tem criado medidas para otimizar esses serviços por toda a cidade, como a construção do primeiro Ecoponto de Sergipe, instalado no bairro Industrial; o programa Cata-treco, que abrange todos os bairros; a redução constante dos pontos de descarte irregular; além da intensificação dos serviços de manutenção das redes de drenagem com a limpeza dos canais da cidade.

Diariamente, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), a Prefeitura atende a todos os bairros de forma massiva com esses serviços. Além de ser um dever da gestão cuidar da limpeza da cidade, é também uma maneira de evitar que transtornos possam chegar à população em períodos de chuva.

Ao todo, 1.290 agentes realizam serviços de coleta de lixo domiciliar, coleta seletiva, cata-treco, limpeza de ruas e avenidas, limpeza de canais e manutenção de áreas verdes. “A coleta de lixo atinge 100% da cidade. Esse é o um papel fundamental da Prefeitura, um papel na coleta e destinação adequada e correta dos resíduos produzidos pela população. Esse é um trabalho diário, é o nosso processo de rotina. Seguimos uma programação, que é comunicada à população através do site da Prefeitura, e nosso objetivo é melhorar cada vez mais”, destaca o presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas.

Nas últimas chuvas que caíram em Aracaju, o principal e maior transtorno foi registrado no bairro Jabotiana, mais precisamente no Largo da Aparecida e parte do Santa Lúcia, onde a cheia do Rio Poxim foi fator determinante para a ocorrência de alagamentos.

“Em muitas áreas que costumavam alagar, o problema não aconteceu. Isso tem muito a ver com o serviço de limpeza que tem sido desenvolvido pela gestão municipal. Para se ter ideia, em apenas um dos dias de limpeza nesse período, recolhemos mais de 1,5 toneladas de lixo de seis canais da cidade. Isso representa muito e também chama a atenção para o papel da população, porque não adianta a Prefeitura fazer a sua parte e as pessoas continuarem descartando lixo de maneira irregular”, ressalta Luiz Roberto.

Uma das medidas que a Prefeitura adotou para minimizar o descarte irregular na cidade foi a construção dos Ecopontos, que são áreas públicas destinadas ao recebimento de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, limitados a 1m³ por descarga, gerados e entregues pelos munícipes, podendo ainda ser coletados e entregues por pequenos transportadores contratados diretamente pelos geradores dos resíduos.

O primeiro dos Ecopontos foi entregue em agosto passado, no bairro Industrial. Outros dois estão sendo construídos, um no bairro Coroa do Meio e outro no Santos Dumont. No total, a Prefeitura projeta a construção de 18 desses espaços em toda a cidade.

Outra ação da Prefeitura de Aracaju que contribui para a redução do descarte irregular é o programa Cate-treco, serviço executado a partir de um caminhão que percorre a cidade, seguindo uma programação semanal, com a finalidade de recolher materiais que não têm mais serventia, ocupam espaço, acumulam sujeira nos quintais dos cidadãos, e que, muitas vezes, são descartados irregularmente nas ruas, avenidas e terrenos baldios.

Mesmo com essas medidas, o presidente da Emsurb destaca o papel imprescindível das comunidades. “A própria população precisa ter consciência de que não há necessidade de descartar de forma irregular nenhum tipo de resíduo. Podemos dizer que, hoje, é inadmissível a gente descartar qualquer tido de resíduo de forma irregular, pois a Prefeitura coleta, regularmente, tanto o lixo domiciliar, como os resíduos volumosos e os recicláveis. As pessoas precisam se atentar que tudo isso gera um custo coberto pela própria população, então, é preciso se conscientizar”, afirma Luiz Roberto.

Justamente no sentido de conscientização que a Prefeitura, por meio de equipes de educação da Emsurb e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), tem transformado pontos de descarte irregular em espaços de convivência, trabalho que tem contado com o auxílio das comunidades. Com isso, até o momento, 95% dos pontos de descarte irregular já foram reduzidos.

“O trabalho de limpeza da cidade deve ser conjunto, Prefeitura e população. Por isso, sempre voltamos ao jargão de ‘cidade limpa é cidade que menos suja’, portanto, é uma tarefa de todos nós”, completa Luiz Roberto.