Em parceria com Conselho, Prefeitura mobiliza idosos em conferência para a construção de políticas públicas

Foram três dias de uma programação intensa voltada para as ações referentes aos idosos. Em parceria com a Prefeitura de Aracaju, o Conselho Municipal da Pessoa Idosa realizou a 2ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa que, neste ano, trouxe como tema “Os Desafios de Envelhecer no Século XXI e o Papel das Políticas Públicas”. O encerramento das atividades aconteceu na manhã desta quinta-feira, 18, no auditório da Igreja do Espírito Santo, no bairro Santo Antônio, e contou com apresentação cultural, votação das propostas elaboradas pelos grupos ao longo do evento, além da escolha dos delegados para a Conferência Estadual. 

Na ocasião da abertura da Conferência Municipal, na terça-feira (16), o secretário municipal da Assistência Municipal, Antônio Bittencourt, destacou a importância de, não só pensar, mas executar políticas públicas para os idosos. “Envelhecer é um privilégio. Dentro do universo público, construir políticas que visem humanizar cada vez mais as cidades nessa perspectiva, que amplie a acessibilidade e crie espaços. Ter idosos bem tratados também é uma referência da qualidade de vida que a cidade possui como um todo. Se formos traçar um histórico de não muito tempo atrás, um homem de 50 anos era considerado alguém na escala das incapacidades. Hoje, com mais de 60 anos, muitos estão fisicamente, intelectualmente, fazendo muita coisa. Precisamos potencializar isso, com ações nas áreas da cultura, da assistência, da educação, da saúde, ou seja, onde o poder público estiver inserido”, afirmou. 

A presidente do Conselho Municipal do Idoso, Maria José Silva Matos, ressaltou como os três dias de conferência transcorreram. “Atingimos o objetivo que tínhamos proposto, que era fazer com que o Conselho fosse visto pelos nossos idosos. Tivemos a presença maciça dos idosos, o que enriqueceu as nossas discussões. Nesse processo, a Prefeitura esteve muito presente e abriu as portas para que pudéssemos fazer algo realmente significativo. O Conselho não deve ser visto apenas como entidade investigadora, mas, como ponte entre a sociedade e o governo, e isso tem muito a ver com o tema que tratamos durante a conferência já que devemos andar de mãos dadas na construção de políticas públicas que beneficiem a todos. Por isso, agradecemos o apoio e a parceria da Prefeitura porque isso é atitude de gestão”, destacou. 

A programação da conferência contou com diversas apresentações artísticas e intensas rodas de conversa para pontuar os principais aspectos das discussões a cerca de quatro eixos voltados para os direitos fundamentais na construção efetivação das políticas públicas: saúde, assistência social, Previdência, moradia, transporte, cultura, esporte e lazer; Educação, assegurando direitos e emancipação humana; enfrentamento da violência dos direitos humanos da pessoa idosa; e os conselhos de direitos: seu papel na efetivação do controle social na geração e implementação das políticas públicas.

Dona Maria Célia Orico participou dos três dias de conferência. Para ela, as discussões foram ricas em conhecimento. “É muito importante que a gente saiba nossos direitos. Além disso, podemos ressaltar que o idoso tem capacidade de fazer muita coisa. Na minha casa, por exemplo, faço questão de mostrar isso. Temos experiência de vida e muita vontade de fazer, por isso, é necessário que possamos pensar em conjunto sobre o que desejamos para melhorar a nossa rotina”, disse. 

Integrante do grupo de Idosos do Cras Madre Tereza de Calcutá, no bairro Jabotiana, dona Ana Rita Menezes já havia participado da primeira conferência e fez questão de marcar presença na segunda. “Precisamos entender sobre os nossos direitos para sabermos o que e como cobrar, mas, também temos que saber os nossos deveres porque isso faz parte da construção de políticas melhores para todos. Eu faço questão de participar das conferências para estar sempre atenta”, ressaltou.