Projetos finalistas do Concurso Criatividade e Inovação na Gestão Pública são apresentados na ESGAP

Agência Aracaju de Notícias
18/07/2019 11h41

Na busca por melhorar os serviços oferecidos aos cidadãos, a Prefeitura de Aracaju olha para dentro de seus próprios quadros, propondo aos seus servidores que pensem de forma inovadora. Desta maneira, além de valorizar o capital intelectual dos trabalhadores, é possível implantar modificações que vão melhorar a qualidade de vida da população.

Para tanto, a Escola de Governo e Administração Pública – ESGAP, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), realiza o I Concurso  Criatividade e Inovação na Gestão Pública, que entrou em sua fase final nesta  quinta-feira, 18, quando os dez projetos puderam ser defendidos por seus respectivos representantes diante da banca avaliadora.

No total, 35 projetos foram inscritos, no período entre 3 e 24 de abril deste ano, dos quais dez foram selecionados para esta última avaliação. O resultado final deverá ser informado até o dia 30 de julho e a solenidade de premiação ocorrerá até 30 de outubro. O primeiro colocado do certame receberá R$3 mil da Banese Corretora, o segundo será agraciado com um ano gratuito no Curso Idiomas da Unit, e o terceiro ganhará um tablet do Banco do Brasil.

A iniciativa marca o compromisso da gestão municipal com a qualificação de suas ações, ao buscar alternativas de incentivar seus profissionais a desafiar a si mesmos, tirar suas melhores ideias para o desenvolvimento da cidade. “A Comissão Avaliadora escolheu estes últimos dez projetos, baseando-se nos critérios descritos no edital, com dificuldade, por conta da qualidade de todos. Esse concurso é uma ação importante pois revela a capacidade criativa dos servidores, bem como o compromisso com a melhoria dos serviços públicos que oferecemos à população”, afirma o diretor da ESGAP, Bosco Rolemberg.

Os critérios para decidir os vencedores dizem respeito a inovação proposta, o impacto na vida dos aracajuanos, a utilização eficiente dos recursos, a possibilidade de parcerias, os mecanismos de transparência e os graus de replicabilidade e sustentabilidade.  

A difícil tarefa de julgar tantas proposições qualificadas ficou a cargo de uma Comissão Avaliadora composta por Paulo do Eirado Dias Filho,  Superintendente do Sebrae Sergipe; Rodrigo Rocha, Superintendente do Instituto Euvaldo Lodi, da Federação das Indústrias de Sergipe; Guilherme Rebouças, Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, e Diego da Costa, Diretor Técnico do Sergipe Tec.  

O fomento desse pensamento diferenciado, a escuta da sabedoria produzida dentro da própria administração são mensagens deixadas pela realização do concurso, uma ação concreta que pode virar um marco. “A Prefeitura está trazendo um gesto muito atualizado, inovador, para melhorar a gestão. Isso é muito importante e deve ser uma tendência dentro de uma economia compartilhada. Nossa comissão possui um trabalho muito grande, pois a qualidade desses dez trabalhos é muito grande”, ressaltou o superintendente do Sebrae, Paulo do Eirado.

A diversidade das propostas mostra a grande qualificação dos servidores municipais. Seja buscando utilizar resíduos da construção civil na construção de casas populares e obras públicas, passando pela consolidação de um portal da matrícula online na rede de ensino ou elaboração de clubes de leitura para as crianças, algumas das iniciativas finalistas.

A servidora da Assistência Social, Shirley Dantas, é uma das concorrentes. “Calçadas de Ará”, projeto de sua autoria, concebe uma forma humanizada de recuperar a autoestima daqueles submetidos à situação de vulnerabilidade, além de garantir um espaço público mais bem cuidado. “O trabalho que eu inscrevi possui um viés intersetorial, com foco na Assistência Social, pois o objetivo é capacitar as pessoas em situação de rua na capital para o trabalho de revitalização das nossas calçadas. Então, é um proposta que traz a possibilidade melhorar os espaços públicos, fortalecendo o comércio e o turismo, com a contrapartida de qualificar essas pessoas em situação de vulnerabilidade, remunerando seu trabalho e garantindo o aprendizado de um ofício”, explica.

aO resultado final, a compensação material, possui relevância menor do que mostrar a toda a sociedade o comprometimento da Prefeitura em servir de maneira mais eficiente. “Eu acho que a gestão pública ganha muito ao promover um concurso como esse, uma vez que ele mostra que há, dentro da administração, muitas pessoas que se dedicam a pensar fora da caixinha, mostrando que se pensa estrategicamente para melhorar a cidade”, completa Shirley.