Flauta e violão suavizam e encantam público no Quinta Instrumental

Cultura
26/07/2019 08h15

Com a leveza da flauta e a suavidade do violão, a praça General Valadão respirou música nesta quinta-feira, 25, em mais uma edição do Quinta Instrumental, projeto da Prefeitura de Aracaju, realizado pela Fundação Cultural cidade  de Aracaju (Funcaju). A flautista americana Julie Koidin, o violonista sete cordas, Ricardo Vieira, e o argentino Daniel Quaranta surpreenderam e animaram a platéia, transmitindo tudo que a música instrumental tem a oferecer.

O violonista abriu a noite demonstrando todo o seu talento através das suas composições. O artista levou um mix das suas influências com ênfase na sua fase atual, onde busca uma leitura poética das suas emoções expressas pela arte sonora, seja violão solo ou música mista (eletroacústica). Para o firmamento dessa fase atual, Ricardo convidou o compositor argentino Daniel Quaranta, que executou algumas obras num "Duo Imaginário" (Violão e Eletroacústica).  

“Qualquer projeto que valorize a cultura é extremamente necessário, ainda mais o Quinta Instrumental que tem um viés interessantíssimo, pois além de oportunizar o artista local, ele oportuniza o intercâmbio para artistas de fora do estado, exemplo disso é Julie Koidin e Daniel Quaranta que são músicos/compositores de fora, com  trabalhos renomados  e têm a oportunidade de mostrar esses trabalhos na capital sergipana. Eu, como sergipano, estar vendo essa constante evolução cultural no nosso estado, é maravilhoso”, comemorou Ricardo Vieira.

Pesquisadora apaixonada pelo Choro brasileiro, Julie Koidin deu continuidade à programação com a sua flauta e fez um duo com o sergipano. “Vim aqui para fazer música boa, com o meu parceiro Ricardo Vieira, e contribuir para que a Cultura sobreviva.  Hoje em dia a verba para cultura está sendo cortada e isso é muito triste. Então, fiquei muito feliz quando soube que existia um projeto desse aqui, que resiste a esses impasses”, pontuou a artista americana.

O presidente da Funcaju, Cássio Murilo, compareceu a mais uma edição do Quinta Instrumental e destacou o objetivo do projeto. “Colocar Sergipe no cenário da música instrumental nacional e até internacional, formar público e estabelecer essa conexão com o nosso público. Esse é o foco. O Quinta Instrumental é um projeto prioritário na Funcaju e está dentro do Planejamento Estratégico da Prefeitura. Nesta edição, temos uma americana apaixonada pelo chorinho e, hoje, tivemos experimentações estéticas e musicais. Quero trabalhar para que o público tenha acesso ao mais contemporâneo, ao que está acontecendo no mundo da música instrumental”, pontuou.

A aposentada Ester Oliveira é frequentadora de eventos culturais sergipanos, comparece ao Quinta Instrumental desde as primeiras edições e reconhece o projeto como algo que acrescenta ao cenário cultural sergipano. “Anos atrás não me lembro de ter tanta música boa assim em Aracaju. Isso incentiva e só tende a crescer na capital. Espero que continue. Geralmente, onde estiver acontecendo evento culturais eu estou presente. Todo mês eu estou aqui, sentadinha aproveitando esse palco e esses músicos maravilhosos”, elogiou.