Prefeitura avança na produção de cadernos curriculares alinhados à BNCC

Agência Aracaju de Notícias
22/08/2019 06h00

Em 2018, o Ministério da Educação mobilizou os estados e municípios brasileiros para que, a partir da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), produzissem um documento referencial curricular para as redes estaduais e municipais. Com a aprovação deste documento, ficou definido que os estados e municípios deveriam adequar seus referencias curriculares e construí-los, caso não os tenham, tendo como base a BNCC.

Ainda no final de 2017, mesmo antes da homologação da BNCC, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), criou um grupo de trabalho, coordenado pelo diretor da Educação Básica, professor Manoel Prado, que tinha como tarefa produzir um programa de trabalho para a rede municipal de ensino de  Aracaju que culminasse com a elaboração desse referencial curricular para as escolas municipais.

Sendo uma matriz de competências e habilidades, a Base Nacional Comum Curricular não se ocupa de todas as questões que dizem respeito ao ensino no país, como por exemplo, avaliação e metodologia. Dessa forma, municípios e estados, sozinhos ou conjuntamente, devem produzir um documento que se ocupe dos temas que a BNCC não aborda. Por isso, ainda em 2018, a Semed começou a trabalhar essa questão.

“Esse grupo trabalhou, produziu uma série de produtos, mas saiu também uma ideia do Ministério da Educação de que estados pudessem produzir um documento em articulação com os municípios. Partindo dessa ideia, os municípios sergipanos foram convidados a pensar a possibilidade de formulação de um referencial curricular estadual, uma espécie de base comum de Sergipe, que pudesse ser referência para a rede estadual de educação, para as 75 redes municipais e as redes privadas do estado”, explica Manoel Prado.

A Prefeitura de Aracaju aderiu a essa proposta e, a partir daquele momento, integrantes desse grupo de trabalho passaram a compor uma comissão estadual, coordenada pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), com representantes de vários municípios sergipanos.

Concluídos os documentos nacional e estadual, a diretriz estabelecida pelo Ministério da Educação foi de que os municípios se encarregassem de produzir cadernos pedagógicos. Considerando que os trabalhos anteriores não se ocuparam de falar sobre metodologias, sequências didáticas, práticas avaliativas e conceitos de avaliação, ficou a cargo das redes municipais de ensino a produção dos cadernos pedagógicos, que cumprirão essa tarefa.

“Assim, no último dia 30 de janeiro, nós chamamos toda a rede de ensino e fizemos um grande evento, no qual apresentamos essa proposta de trabalho. Nós construímos um conjunto de textos que trata de conceitos sobre currículo, sobre metodologias de ensino e que fala também sobre concepções de currículo, concepções de sujeito estudante, de sujeito professor, ou seja, o que é o currículo e a quem ele serve”, destaca o diretor da Educação Básica.

No primeiro momento de elaboração dos cadernos, foi trabalhada a perspectiva de responder às questões a respeito do currículo e, na sequência, algumas problematizações em textos produzidos pela equipe e textos teóricos de apoio.

“Tivemos breves falas em uma mesa redonda, que dirigiu-se aos desafios da educação infantil, aos desafios do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos. Para além desses dois encontros, que ocorreram em janeiro e abril, nós já realizamos três oficinas de produção dos cadernos curriculares. Essas oficinas estão acontecendo em dias de sábado, e a última ocorreu agora dia 13 de julho. No primeiro sábado tivemos uma participação de 549 professores, um número muito bom”, ressaltou o diretor, ao explicar que no material distribuído para os professores existe um campo onde cada um deles escreve sugestões e necessidades da escola na qual lecionam, o que ajudará a adequar o documento municipal.

Com as oficinas finalizadas, as produções dos diversos professores da rede municipal serão consolidadas e o resultado será disponibilizado em uma plataforma digital, que já está pronta e começará a ser utilizada assim que o documento final for consolidado. No entanto, o documento final, nos primeiros meses em que estiver disponível na plataforma, ainda poderá ser modificado de acordo com as sugestões e necessidades dos professores.

“Finalizada essa etapa, nós vamos para a homologação, e acreditamos que entre o final deste ano e início do próximo estejamos caminhando para a última edição desse documento, que deverá nortear os trabalhos da rede a partir do ano letivo de 2020, pelos próximos 5 anos”, concluiu Manoel.

Sendo uma matriz de competências e habilidades, a Base Nacional Comum Curricular não se ocupa de todas as questões que dizem respeito ao ensino no país, como por exemplo, avaliação e metodologia. Dessa forma, municípios e estados, sozinhos ou conjuntamente, devem produzir um documento que se ocupe dos temas que a BNCC não aborda. Por isso, em 2018, a Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação, começou a trabalhar nessa questão.