Base do pavimento da Beira Mar é avaliada antes da implantação do novo revestimento

Obras e Urbanização
27/08/2019 17h20

Primeiro dos quatro corredores viários contemplados no Plano de Mobilidade Urbana da Prefeitura de Aracaju cujas obras já iniciaram, o da avenida Beira Mar e seus prolongamentos - da região dos mercados centrais ao terminal de integração da zona Su -, passou nesta terça-feira, 27, por novos testes e análises das bases do pavimento, nas imediações do Iate Club, em um trecho bastante danificado.    

Embora cause transtornos, os preceitos da engenharia reprovam qualquer medida que vise à criação de um novo pavimento em cima de um local cuja base pode estar comprometida. Os argumentos técnicos estão presentes nas explicações do secretário municipal da Infraestrutura, Sérgio Ferrari, ao assegurar que, embora o local mereça uma intervenção, tal medida só pode ser feita após os resultados das análises.

"É visível que o trecho mais complicado da Beira Mar é próximo à curva do Iate e não negamos que esteja com muitos buracos. Mas isso só sinaliza que a base pode estar comprometida e caso seja espalhado asfalto sem que antes removamos o piso e comprovemos que a base e a sub-base suportam asfalto novo, num curto período de tempo pode aparecer fissuras e buracos. Ou seja, voltam os transtornos e é dinheiro mal utilizado. Por esse motivo, estamos finalizado os testes e a previsão é criar, ainda nesta semana, um novo revestimento naquele trecho", garante Ferrari.

Sobre os conceitos de base e sub-base, essenciais para a aderência e durabilidade de uma malha viária, Ferrari explica a importância e a composição fundante para o êxito desta obra de mobilidade. "A base, em linhas gerais, está logo abaixo do que conhecemos como asfalto e é composta por agregados produzidos a partir da britagem e destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos, enquanto a sub-base tem as mesmas funções da base, mas ficando abaixo", detalha Ferrari. "Tomando como exemplo a construção civil, a base e a sub-base funcionam como uma espécie de alicerce que vai garantir estabilidade ao restante do empreendimento", detalha o secretário.

Moderno e tecnicamente sustentável, o projeto adotado para a reutilização estrutural e urbanística deste corredor viário prevê a pavimentação de 10km da via, construção de 100 rampas de acessibilidade, calçadas e sinalização vertical e horizontal e implantação de 150 novos abrigos de ônibus, resultado de um investimento de cerca de R$10 milhões, feito com recursos conveniados entre a Prefeitura de Aracaju e o Governo Federal.

A Prefeitura executa esta obra em etapas, estabelecidas num cronograma, contemplando a realização de testes e análises das bases do pavimento, fresagem do antigo piso e aplicação de nova camada asfáltica. Foram essas as fases cumpridas no treho de cerca de 4 km já recapeado, na parte norte da obra, que inicia na Ivo do Prado, passa pela Otoniel Dórea e segue até à Rio Branco, já nas imediações do Terminal do Mercado.